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Vereadora discursa e mostra calcinha em protesto a declaração machista de colega parlamentar

“Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada?”

Por: Clic101
Publicado em 27/11/2014 10:51

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Em discurso inusitado feito pela vereadora Lucimara Passos (PCdoB) na Câmara de Aracaju, na última terça-feira (25), a parlamentar criticou o colega Agamenon Sobral (PP), chamando-o de “criminoso” e o desafiou a lher dar “uma surra”. No decorrer do discurso, Lucimara tirou uma calcinha do bolso, mostrou ao colegas e afirmou que estava sem a peça íntima em protesto contra o vereador Agamenon, que na semana passada teria chamado de vagabunda uma mulher que queria se casar sem calcinha e afirmou que ela merecia uma “surra”. “Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada?”, questionou, fazendo com que a casa ficasse em silêncio.

Em seguida, a vereadora questionou os colegas. “Os senhores não podem me julgar, nem julgar uma mulher pela roupa que ela veste, em função da calcinha que usa ou se não usa. Isso não define o meu caráter. Será que vão me dar uma surra quando eu descer daqui?”.

Lucimara também pediu punição ao parlamentar que fez o pronunciamento. “Esse vereador já cometeu aqui vários crimes. Antes de chamar a mulher de vagabunda, dizer que merecia uma surra, disse que ia começar a andar armado, que a população tinha de se armar, que tinha de pendurar bandido de cabeça para baixo. E essa Casa não fez nada para puní-lo; tornou-se conivente com esse vereador; não disse a ele que ele não pode proceder dessa maneira”, disse.

Em resposta, o vereador contou aos veículos de comunicação de Aracaju que a colega estava querendo “aparecer” e pediu para ser “investigado”. “É direito do vereador contestar. Sobre a Comissão de Ética, quero que seja efetivada porque já cansei de provar várias vezes sobre tudo o que trato aqui. Não tenho medo. A vereadora pode vir para tribuna de calcinha ou sem, como quiser, o problema é dela.”

Informações:Teixeira News/Agência Brasil








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