Em um domingo onde a tradição sertaneja de sete anos esteve mantida a caráter, foi realizada na localidade de Olhos d´Água, município de Condeúba/BA, a “Carruagem de Bois”, evento organizado pelo “Leo” (Clemente Henrique da Silveira), iniciado com a formação de um grande círculo e, de mãos dadas, todos proferiram a oração do Pai Nosso.
Com a participação de 27 carros de bois e guiado por carro de som entoando músicas típicas de cavalgadas e vaquejadas, o cortejo partiu do Bar e Mercearia de “Zé de Dário”, percorreu cerca de cinco quilômetros até a Mercearia de Lindauro, onde os animais tomaram um “suéte” (sic), retornando ao ponto de partida, onde os participantes foram recepcionados com uma grande queima de fogos e uma deliciosa “feijoada solidária”, partilhada por todos com arrecadação das inscrições, sem participação do poder público.
“Realizamos isso porque gostamos e para não deixar a tradição cair no esquecimento e desaparecer, cada participante com um carro de boi pagou uma taxa de R$ 10,00 (dez reais) e ainda tivemos alguns patrocínios individuais. Juntamos tudo para custear uma bela feijoada e servir a todos os envolvidos na carruagem” disse o organizador “Leo”.
Ausência sentida
A grande ausência deste ano na carruagem foi a dupla “Centavo e Tostão”, pois o boi Tostão faleceu, e o Centavo está muito debilitado pela idade avançada.
Curiosidade
As parelhas de bois atendem pelos nomes dados pelos seus proprietários: Rio Preto e Rio Claro, Chitado e Mercado, Castanho e Castelo, Listrado e Rosado, Oriente e Horizonte, Monte Claro e Monte Azul, Panquete e Pancoso, Brasileiro e Marinheiro, Azulão e Rio Claro, Bem Feito e Bonito, Bargado e Maiado, Cachoeiro e Estrangeiro, Coração e Estrela, Jardim e Central, Marinheiro e Marquês e Diligente e Delicado, entre outros.
