Discutir formas de combater o assédio sexual contra mulheres sempre foi tema recorrente na Comissão de Direitos da Mulher da Assembleia, mas o episódio ocorrido no Legislativo, em que um funcionário assediou ostensivamente uma estagiária, criou um clima de revolta geral por lá.
Resultado: o caso foi oficialmente comunicado ao presidente da Casa, Nelson Leal (PP), e informado ao Ministério Público.
De quebra, as 10 mulheres deputadas estaduais na Bahia, todas integrantes da Comissão, unanimemente, independente de partido, toparam subscrever um projeto de lei, já protocolado e também entregue pessoalmente por elas ao presidente Nelson Leal, propondo punições severas em tais casos, que vão da suspensão do servidor até a demissão.
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A deputada Olívia Santana (PCdoB), presidente da Comissão, é enfática ao falar da questão:
– Nós precisamos demonstrar que o poder não pode tudo. O exemplo tem que começar daqui.
Casos tais são recorrentes. Ano passado, um grupo de funcionárias procurou a Comissão da Mulher para se queixar dos casos de assédio, mas não houve resultados práticos, segundo uma das funcionárias que denunciou os abusos, por um detalhe elementar:
– Tem alguns deputados que também assediam. E é aí que a coisa empaca.