O Ministro da Agricultura anunciou que os cafeicultores terão pagamento das dívidas das linhas de custeio e de comercialização prorrogado por cinco anos, com pagamento da nova parcela do financiamento a partir de julho de 2015.
Segundo o ministro, ao renegociar seus débitos, o cafeicultor terá de pagar 20% do saldo até a data que formalizar o interesse em renegociar suas dívidas junto aos bancos, renegociando os restantes 80% da dívida no decorrer dos próximos cinco anos.
Na prática, está sendo concedido ao produtor de café um prazo de carência de até dois anos para iniciar o pagamento, com base nas datas de vencimento de seu contrato de financiamento.
Segundo fonte do setor, esta decisão do governo federal só contemplaria um pequeno grupo de produtores de café arábica que já têm suas dívidas vencidas.
Aqueles cujas dívidas estão ainda por vencer, e que continuarão sofrendo as mesmas conseqüências da crise instalada no setor, não estariam contemplados neste anúncio feito pelo governo.
O desapontamento é geral entre os cafeicultores de arábica de todas as regiões produtoras do país.
Situação pior vivem os produtores de café conilon, especialmente de Itabela e municípios circunvizinhos, que depois das manifestações feitas no dia 7/11, estiveram em reunião com representantes do Governo do Estado da Bahia no dia 20/11, mas não tiveram até o momento nenhum encaminhamento concreto de solução para a crise que pode provocar uma queda vertiginosa e perigosa da economia local e regional, com conseqüências sociais inimagináveis.
Pelo visto, o governo da Bahia e os “representantes do povo” eleitos por aqui continuam com os olhos fechados para a região da costa do descobrimento.
Segundo fontes ligadas à cafeicultura, está sendo organizada uma grande manifestação de cafeicultores de todo o país, que irão até as portas do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional em Brasília.
