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CAFEICULTURA

Projeto Campo Futuro realiza levantamento de custos de Café Conilon em Itabela; preço do café não cobre os custos de produção


Por: CliC101 | Idalício Viana
Publicado em 10/05/2018 02:24

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Técnicos da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e da UFLA (Universidade Federal de Lavras) realizaram na tarde desta quarta-feira (9) mais uma edição do Levantamento de Custos de Café Conilon, com a participação de dirigentes do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela, sede do evento, cafeicultores de Itabela e região, e representante da Coopersulba.

 

A condução do processo de coleta de dados foi realizada por Heitor Parreiras, pesquisador do Centro de Inteligência em Mercados da UFLA, com a participação dos estagiários Ian Guimarães e Fúlvio Gibello.

 

 

Presente, acompanhando e participando de todos os procedimentos, esteve o assessor técnico da CNA, Maciel Silva, que destacou para a reportagem do CliC 101 a importância do levantamento de custos com a metodologia de painel, realizado no âmbito do Projeto Campo Futuro, uma parceria entre CNA, SENAR, FAEB e Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela.

 

Maciel destacou pontos relevantes: “O objetivo do Campo Futuro é levantar informações de custo para que o produtor tenha conhecimento dos entraves, dos gargalos para a condução da atividade, de forma que ele possa trabalhar de forma a amenizar os impactos em cima desse custo. Além disso, ele pode se utilizar dessas informações para gestão de risco e amenizar o risco dele na atividade. Para nós da CNA essas informações são muito relevantes para a proposição de políticas públicas”.

 

 

Elevação dos custos em Itabela

 

Sobre os altos custos de produção da cafeicultura verificados no painel, fechando o custo operacional total em R$ 349,02 por saca de 60 quilos, e os baixos preços do produto no mercado, oscilando hoje entre R$ 315,00 e R$ 320,00, disse Maciel: “Ficou claro que estamos em um momento crítico com relação a preço, é uma característica do mercado de café, estamos numa safra de bienalidade positiva, então espera-se uma maior oferta de produto no mercado, com a consequente tendência de queda de preço. Isso já tem se verificado quando se compara os preços praticados hoje com os preços praticados no mesmo mês do ano passado, onde se vê uma redução significativa, e esses resultados são expressos nas margens dos produtores”.

 

“Houve uma elevação de custos em Itabela, uma região que está com índices pluviométricos excelentes, mas como consequência, muitos problemas fitosanitários verificados, então aumenta o número de pulverizações, aumenta o uso de defensivos, e isso tem impactado no aumento de custos. Então, quando se tem um período com os preços baixos e com um custo superior, o que se espera é um estreitamento das margens, e é o que foi verificado no levantamento aqui hoje”, completou Maciel.

 

Atentos e preocupados com uma das culturas mais importantes do município de Itabela e região, e com o sucesso da atividade para a classe produtora, o presidente do Sindicato Gilberto Borlini, e o vice Ricardo Covre, acompanharam detidamente todo o painel, iniciado às 14h00 e finalizado já por volta das 18h00.









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