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CONILON

Fundação Procafé diz que conilon avança na área de café arábica


Por: Fundação Procafé
Publicado em 27/02/2014 08:31

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 Segundo análises apresentadas pela Fundação Procafé, a produção de café robusta cresceu bastante nos últimos 10-15 anos, especialmente pelo aumento da área de cultivo desse tipo de café na Ásia, principalmente no Vietnã, participando hoje com cerca de 40% na safra mundial.

No Brasil, o café robusta, em nosso caso a variedade conilon, também cresceu, ao mesmo tempo em que cresceu o arábica (ver quadro abaixo). Essa expansão do robusta se deu nas zonas quentes, de baixa altitude, no Espírito Santo, no Sul da Bahia e no Vale do Rio Doce em Minas Gerais, enquanto Rondônia até reduziu a sua área.

Agora, com a crise de preços baixos do café, e com o pequeno diferencial de preços entre as diferentes qualidades, em certos momentos com o conillon mais caro do que o arábica de bebida inferior, muitos produtores, das zonas do EspÍrito Santo e de Minas vêm procurando substituir lavouras de arábica por conillon, especialmente nas áreas de altitudes intermediárias, na faixa de 400-700m, onde já se comprovou que podem ir bem as duas espécies de café.

 

Segundo a análise da Fundação, na adoção do conillon pesa a vantagem de um menor custo de produção, por influência de fatores como boa produtividade e safras constantes a cada ano; maior vigor e rusticidade; menor necessidade nutricional (5 x mais raízes e solos melhores - 70% do NPK); suporta mais o stress hídrico e o ataque de pragas/doenças; não necessita arruar ou esparramar e nem precisa colheita do café do chão; maior rendimento na colheita, pelo menor volume de frutos em relação aos grãos (4,5 scs de 80 litros-medida, rende 1 saca beneficiada); maturação uniforme e maior facilidade no preparo pós-colheita e na qualidade; e preparo simplificado, com secagem mais rápida (7-8 dias de terreiro, por região mais quente e pouca casca, ou cerca de 10-12 hs no secador a 100º C).

 

Ainda pela análise apresentada pela Fundação Procafé, algumas desvantagens do conillon são a maior necessidade de podas; a menor tolerância a ventos frios; a maior dificuldade na mecanização; e a necessidade de reprodução via vegetativa devido a sua fecundação cruzada e grande variabilidade genética.

Dizem ainda os técnicos: Temos visto que é perfeitamente possível, nos aspectos da tecnologia agrícola e na economia, substituir arábica por conillon. Entretanto, a dúvida que fica, em nossas cabeças, é: até quanto mais pode o robusta crescer?

Quadro 1 - Evolução da produção brasileira de café conillon em relação ao arábica - 2003-13

Safras

Café arábica (Milhões de sacas)

Café conilon (Milhões de sacas)

2003

20,08

8,74

2004

31,71

7,56

2005

23,81

9,13

2006

33,01

9,50

2007

25,10

10,97

2008

35,48

10,51

2009

28,87

10,60

2010

36,82

11,27

2011

32,19

11,29

2013

38,34

12,48

2013

38,29

10,86

Acréscimo %

45,2

43,3








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