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A Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (SEAGRI), através do PAFS - Programa Ambiente Florestal Sustentável e em parceria com a Promotoria de Justiça Especializada em Meio Ambiente (Base Ambiental Costa do Descobrimento) e com a CIPPA (Companhia Independente de Polícia e Proteção Ambiental), realizou na última sexta-feira (20), mais uma ação para a apreensão de animais que eram mantidos soltos em Área de Preservação Permanente (APP), o que é crime ambiental. Esses animais pisoteiam as nascentes, impedem a recomposição da Mata Atlântica e ameaçam a proteção da biodiversidade da região.
A ação foi motivada após denúncia feita por um produtor rural de Belmonte, proprietário de uma área de preservação. Com o alerta, as entidades realizaram rondas no local e nos arredores para averiguação e apreensão dos animais que presentes nessas áreas. Na ocasião, foram apreendidos 64 bovinos e 16 equinos. Todos os oito criadores envolvidos foram identificados, notificados e os animais foram devolvidos aos respectivos donos. Esses criadores serão denunciados na Promotoria Pública Ambiental da Costa do Descobrimento, sediada em Porto Seguro.
Com o intuito de preservar as Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e proteger a biodiversidade, fauna e flora, a operação aconteceu no município de Belmonte, onde a ADAB vem realizando constantemente fiscalização que abrange áreas como Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Eunápolis, Itapebi, Itagimirim, Itabela e Guaratinga.
A atuação da Promotoria Ambiental, da ADAB e da CIPPA com estas ações ajuda a prevenir os danos ambientais que esses animais causam à Mata Atlântica e evitar a ocorrência de foco da Febre Aftosa e de outras doenças que exigem controle sanitário animal. Para tanto, a ADAB também confere se estes animais possuem cadastros na Agência e estão devidamente vacinados contra Aftosa e Brucelose, evitando risco sanitário para os demais rebanhos da região, bem como à saúde população.
"Precisamos preservar o meio ambiente. Os animais soltos em Área de Preservação Permanente causam impactos na recomposição da mata e o pisoteio dos animais nas nascentes pode até secar as aguadas. Os animais criados soltos nas APP não são vacinados e não tem controle sanitário. Por isso, ações como estão são muito necessárias para que os animais sejam apreendidos e os proprietários multados", destaca Epaminondas Esteves Peixoto Júnior, Engenheiro Agrônomo, Fiscal Estadual Agropecuário e Coordenador do Programa Ambiental Florestal Sustentável da ADAB.
A agência tem atuado na também na conscientização da população sobre os riscos iminentes de manter animais soltos nas vias ou em locais de mata nativa. "Qualquer pessoa que tiver conhecimento desse crime ambiental pode denunciar no Escritório Local da ADAB mais próximo de sua casa", finaliza Epaminondas.
A ADAB continua a atuar no âmbito da responsabilidade socioambiental, protegendo as áreas de preservação permanente e assegurando a sanidade animal e o bem-estar da população.