Na tarde desta quinta-feira (23), o SEBRAE apresentou em uma palestra de sensibilização ministrada pelo Professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Mauro Figueiredo, uma grande oportunidade para produtores de leite da região avançarem através do melhoramento genético do seu rebanho por um programa que usa a fertilização in vitro. 80% do investimento é custeado pelo SEBRAE. O encontro aconteceu no Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela.
Mauro apresentou dados sobre a produção de leite da Bahia, comparada com outros Estados, que indicam a motivação para a implantação do projeto.
Foi enfatizado que o produtor vai adquirir a prenhez, ou seja, o processo de fertilização será feito até atingir a meta contratada, com a comprovação por ultrassonografia. Cada produtor interessado pode aquirir até 10 prenhezes. É necessário que o produtor tenha controle de alimentação, manejo e sanidade para que os resultados sejam obtidos.
O senhor Dilton Vieira Rodrigues, produtor de Leite do município de Eunápolis, que passou a conhecer o projeto na palestra, classificou como "ótimo" e comentou: "Porque oportuniza aos produtores a fazer ... um gado de excelente qualidade com o menor custo possível".
O Gestor de Projetos de Agronegócio do SEBRAE, Paulo Mesquita de Luna, afirmou que estão sendo disponibilizadas 500 prenhezes para a região Extremo Sul, das quais 270 já estão em processo de "desembaraço". No programa, o SEBRAE tem como parceiro o sistema Faeb/Senar, o apoio dos sindicatos rurais, e especificamente em Itabela o Laticínio Mais Vida também entra como parceiro.
Estiveram presentes representantes do Laticínio Mais Vida, Gerentes do Banco do Brasil - Vinícios Marçal e Edimildo Leal e produtores.
Sobre um comentário na palestra, por um dos participantes, de que o produtor de leite da região não dá tanta importância quando o assunto é melhoramento genético, o Professor Mauro disse: "Essa falta de interesse pode ser explicada, pelo menos em parte, talvez pelo desconhecimento daquilo que a genética pode fazer em termos de melhoria do rebanho dele". O professor citou ainda os índices relativos a rebanhos com vacas em lactação, mostrando que nos rebanhos sem melhoramento genético o percentual é pequeno, e isso impacta negativamente na receita bruta do produtor.