No sábado (26), agricultores da região estiveram reunidos em Eunápolis a convite da AGROMAQ, para um café da manhã e importante palestra com o tema “Produção de pimenta do reino e seus desafios”, proferida pelo engenheiro agrônomo e viveirista Francisco de Castro Rocha Neto, um dos mais profundos conhecedores da cultura.
A abertura do evento foi feita pelo sócio diretor da Agromaq, Junior Dondoni, que ressaltou as importantes parcerias com grandes empresas como Palini Alves, Heringer e Agrichem, e o trabalho de toda a equipe, com o diretor Jaques Faé e os técnicos Bruno, Fernando, Vinicius e Marcos.
O agrônomo Fernando Alvarenga falou sobre nutrição da Pimenta do Reino e o Programa Panutri, tecendo relevantes considerações sobre análise de solo, plantio e pós plantio.
Francisco Castro, ou “Chico”, como é popularmente conhecido, com sua larga experiência e conhecimento do setor, destacou a importância econômica da cultura da pimenta do reino, clima ideal e altitude (400 metros), umidade, irrigação (dois litros de água/dia), cultivares, doenças, colheita, enfatizando a análise e correção de solo e uso de matéria orgânica, qualidade da muda, com destaque para a aquisição de mudas que venham acompanhadas da análise de nematoides, e cuidados especiais com a fusariose, principal doença que acomete a cultura da pimenta.
Outro ponto destacado pelo palestrante foi o custo de produção, de cerca de R$ 6,80 por quilo, com preço de mercado atual girando em torno de R$ 31,00/quilo. “A pimenta do reino tem 43% de sua produção destinada à indústria farmacêutica... e a Bahia pode ultrapassar o Espírito Santo dentro de mais dois a três anos”, disse Francisco, finalizando com a informação de que embora o plantio da pimenta tenha crescido bastante, a perda de plantações também tem sido significativa, o que não indicaria uma superprodução com saturação do mercado, que poderia levar a queda relevante de preços do produto.
