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PECUÁRIA

Exportação de boi em pé pode gerar envio de 200 mil animais por ano pelo porto de Ilhéus

A idéia nasceu com o pecuarista Urbano Correia, à época presidente do Sindicato Rural de Itamaraju

Por: CliC101 | Idalício Viana / Seagri
Publicado em 06/01/2016 04:44

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Possuidora do maior rebanho bovino do Nordeste brasileiro, com cerca 10,5 milhões de cabeças, a Bahia começa o ano de 2016 dando largos passos para introduzir a carne bovina no mercado internacional, através da exportação de boi em pé pelo porto de Ilhéus.

Foto: Seagri

A primeira exportação seria de cinco mil animais para o Egito, através da empresa australiana Wellard Brasil do Agronegócio, que já manifestou essa intenção, mas há interesse também do Iraque e Jordânia, dentre outros países do Oriente Médio. Para que essa possibilidade se torne realidade, o governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura (Seagri) e a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), se mobiliza para organizar a estrutura recomendada pelo Ministério da Agricultura (Mapa) através de instrução normativa. O volume de exportação poderá chegar a 200 mil bois/ano.

Para o secretário da Agricultura da Bahia, Vitor Bonfim, a exportação do boi em pé será uma vitrine para demonstrar a qualidade do rebanho baiano, livre da aftosa há quase 15 anos, abrindo mercados para exportação da carne in natura. "Além disso, será mais um incentivo para o melhoramento genético e ampliação do nosso rebanho bovino", avalia.

De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento da Agropecuária da Seagri (SDA), já foram realizadas reuniões com a Faeb, associação de criadores, com técnicos do Mapa/Superintendência Federal de Agricultura da Bahia, e da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab/Seagri), para debater o assunto. Na primeira quinzena de janeiro a SDA/Seagri vai organizar um seminário, envolvendo todos os elos da cadeia da carne, para traçar a estratégia de exportação do boi em pé.

Reprodução: Facebook

Retrospecto

A Idéia de exportação de boi em pé nasceu com o pecuarista Urbano Pereira Correia, à época presidente do Sindicato Rural de Itamaraju, que não conseguiu concluir o projeto por alguns desencontros comerciais, embora tivesse contado com todo apoio do então secretário estadual de agricultura, Eduardo Sales.

Segundo urbano, o projeto tem tudo pra dar certo, trazendo grandes benefícios para a região extremo sul, especialmente com o descarte de grande parte do rebanho atual, impulsionando o mercado e incentivando o pecuarista a produzir animais com maior precocidade, melhor qualidade genética e ganho de peso, proporcionando maior retorno comercial em menos tempo.



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