O PIB – Produto Interno Bruto do agronegócio cresceu 0,13%, em julho, e 3,31%, nos primeiros sete meses de 2013, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. A produção do campo evita, assim, um agravamento do déficit comercial e contribui para o Produto Interno Bruto (PIB), com crescimento previsto em cerca de 2,5%.
Calculado com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da USP, o PIB do agronegócio inclui não só a produção "dentro da porteira", onde o Brasil é mais competitivo, como a distribuição e a industrialização de insumos e dos bens produzidos no campo. É medido pelo valor da produção, ao contrário do indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima a quantidade produzida.
O PIB do agronegócio corresponde a 23% do PIB total, mas deverá contribuir com cerca da metade do crescimento econômico deste ano, segundo a consultoria GO Associados, em estudo realizado no mês passado. A Agricultura tem peso maior que a pecuária, mas esta será a líder do crescimento do setor.
A pecuária básica, puxada por Suínos e aves, cresceu 944% entre janeiro e julho, mais que o dobro do avanço de 447% da Agricultura. A expectativa de crescimento da receita da cadeia pecuária, no ano, é de 16,73%, principalmente em razão dos preços, que subiram cerca de 10% entre 2012 e 2013. Na cadeia Agrícola, a quantidade produzida deverá aumentar 8,83%, mas os preços tiveram ligeira queda (0,87%, nos primeiros sete meses do ano). Batata, trigo e tomate são as culturas com cenário mais favorável, ao contrário da laranja, com queda da produção e dos preços.
Investimentos maciços transformaram o País num dos mais competitivos do mundo no agronegócio. O grande responsável é o setor privado, com o apoio de núcleos ou empresas de pesquisa da área pública, caso da Embrapa.
O agronegócio gerou, até agosto, um superávit comercial de US$ 57,7 bilhões, 11,3% maior que o do mesmo período de 2012. E exemplo do vigor do mercado: os preços de parte das commodities agrícolas aumentaram, em 2012, mas caíram, em 2013, sem que houvesse desequilíbrio entre a oferta e a demanda. Falta ao governo reconhecer o quanto o Brasil depende do agronegócio para assegurar boas condições à produção, reduzindo, em especial, os custos logísticos da atividade.