Mais uma vez a decisão sobre importação de café conilon pelo governo brasileiro foi adiada, agora para a próxima terça-feira (7), segundo declaração do ministro da Agricultura Blairo Maggi, cumprindo determinação do presidente Michel Temer de fazer mais uma tentativa de consenso com lideranças políticas e do setor produtivo do país, buscando uma saída que atenda o setor produtivo e a indústria.
Pela primeira vez na história, o Brasil poderia importar 1 milhão de sacas de café conilon entre os meses de fevereiro e maio deste ano, sob alegação de baixo volume dos estoques privados de café no país.
A pressão contrária vem de parlamentares da bancada capixaba no Congresso e de entidades de cafeicultores: Conselho Nacional do Café (CNC), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras entidades, que em diversas oportunidades têm mostrado o equívoco da metodologia utilizada pela Conab para o levantamento feito no Espírito Santo, Bahia e Rondônia, além de mostrar que a indústria possui estoque suficiente para atender a demanda, com a safra 2017 já prestes a ser iniciada, e o temor de que uma quebradeira geral do produtor de café esteja a caminho com as consequências econômicas da importação, além dos riscos sanitários iminentes com doenças que possam entrar não apenas nos cafezais, mas também em outras culturas.
