Despertar o protagonismo social e o incentivo à ação pelo bem coletivo nas comunidades do Sul da Bahia. Estas são as principais propostas da qualificação oferecida pela Veracel Celulose em parceria com o Instituto Mãe Terra (IMT) para moradores de comunidades dos municípios onde a empresa possui operação. Anualmente, os participantes do programa de todas as turmas desde 2013 são convidados para um encontro para reforçar conceitos, esclarecer dúvidas, promover intercâmbio e reacender a motivação para a missão do desenvolvimento comunitário. Neste ano, o encontro de integração aconteceu no dia 14/12, no hotel Capitania, e cerca de 40 comunidades, de 10 municípios, estavam representadas.
Na turma de 2017, 29 agentes de desenvolvimento comunitário participaram de formações complementares: 14 deles concluíram o curso de Gestão Empreendedora para o Associativismo e 15 o curso sobre Ambientes Marinhos e Costeiros. Para Adriana Barbosa, moradora de Mogiquiçaba e uma das participantes do curso de Gestão Empreendedora para o Associativismo, a formação possibilitou ampliar sua visão sobre a comunidade onde vive e perspectivas de ações que podem beneficiar a todos. “O curso me ajudou a desenvolver o senso crítico e hoje posso realizar o sonho de ter a associação formada, ajudando minha comunidade a crescer”, afirmou.
De acordo com Débora Jorge, coordenadora de Comunicação da Veracel Celulose, a formação desses agentes contribui para o fortalecimento das associações comunitárias e estimula a juventude a pensar alternativas sustentáveis para suas comunidades. “Todos eles encontram, de alguma forma, o seu jeito de fazer diferença onde estão. Isso é ser cidadão”, destacou durante a cerimônia de formatura dos agentes.
A metodologia aplicada nesta formação recebeu o selo “Banco do Brasil de Tecnologia Social”. De acordo com o diretor executivo do IMT, Altemar Felberg, essa tecnologia tem como objetivo promover a formação social e a inclusão sócio produtiva de jovens indígenas da etnia Pataxó e de jovens de comunidades rurais e tradicionais de pesca do Sul da Bahia por meio de oficinas de formação social básica, de cursos de qualificação profissional e de ações de intervenção comunitária. “Isso estimula e fortalece a autonomia e o protagonismo social juvenil e capacita a atuação como agentes multiplicadores e promotores da cidadania e desenvolvimento comunitário”, complementou Altemar. A tecnologia social foi aplicada em dois projetos específicos: um para 12 aldeias indígenas e outro para 64 comunidades rurais e de pesca.