Celebrado anualmente em 8 de março, o Dia Internacional da Mulher tem origem na luta feminina por direitos, igualdade e melhores condições de vida.
A escolha da data remonta a 1917, quando milhares de operárias russas saíram às ruas no protesto conhecido como “Pão e Paz”, reivindicando salários dignos, jornadas justas e o fim da fome durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
O reconhecimento global veio em 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o período como “Ano Internacional da Mulher” e oficializou 8 de março como o dia de celebração e reflexão sobre a luta feminina.
Desde então, a data se tornou um marco para debates sobre direitos, equidade de gênero e combate à violência contra as mulheres.
Embora as mulheres tenham conquistado avanços significativos, a luta por igualdade e respeito ainda é essencial. Em diversas partes do mundo, muitas enfrentam restrições de direitos, preconceito e violência, seja no ambiente de trabalho, nas ruas ou até mesmo dentro de casa.
No Brasil, o machismo estrutural ainda reflete na diferença salarial entre homens e mulheres, na baixa representatividade feminina em cargos de liderança e na alarmante taxa de violência de gênero.
A data, que não se limita a homenagens, reforça a necessidade de mudanças estruturais na sociedade.
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), mostram que as mulheres ainda enfrentam obstáculos no mercado de trabalho.
Mesmo com maior qualificação acadêmica, muitas recebem salários menores que os homens e têm menor acesso a cargos de liderança.