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CULTURA / HISTÓRIA

Eunápolis: 37 anos de emancipação e quase um século de história


Por: Teoney Araújo Guerra
Publicado em 07/05/2025 11:12
Atualização:07/05/2025 11:21

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A celebração do 37º aniversário da emancipação do município de Eunápolis, nesta segunda-feira, dia 12, traz ao povo a lembrança de fatos marcantes ocorridos não apenas nesse período, mas nesse quase um século de história.

Desde os idos da década de 1930 – como se presume -, quando algumas famílias vindas de Minas Gerais criaram uma pequena povoação denominada de Córrego Grande, hoje Gabiarra – então município de Santa Cruz Cabrália. Mais tarde, a partir de 1936, a chegada de posseiros, também vindos de Minas, que se estabeleceram nos vales do córrego da Platina e do rio Buranhém. Além da estada de Joaquim Quatro e Dioclécio, por um curto espaço de tempo, nas imediações do córrego Gravatá; Joaquim, onde hoje é a esquina da rua Marcílio Dias com a rua 13 de Maio – no bairro Dr. Gusmão.

Lembranças mais recentes podem remeter ao Quilômetro 64, onde, antes do acampamento dos trabalhadores da EMENGE, funcionou um entreposto de cargas onde as mercadorias ficavam guardadas sob barracas de tecidos, temporariamente, o que resultaria na aptidão da povoação que não tardaria a ali se formar, para o comércio.  

Em 1950, no dia 5 de Novembro, a data mais conhecida: a missa no acampamento da EMENGE, na qual o povo aclamou aquele dia como da criação do povoado. E foi a partir daí que a expansão do casario e a multiplicação dos pequenos negócios motivaram o crescimento e desenvolvimento da povoação.

O movimento que resultou na emancipação do povoado e na criação do município, iniciado por volta do final dos anos 1970, é também bastante conhecido. Uma mobilização difusa, que reuniu a sociedade civil local e suas entidades representativas, lideranças comunitárias e os políticos. Na época, a sede de Prefeitura do município de Santa Cruz Cabrália já funcionava em Eunápolis, no bairro Pequi.

Os dois “plebiscitos” realizados visando a emancipação foram o penúltimo capítulo. O primeiro, no dia 25 de novembro de 1984, que terminou com o “não”, contrário à emancipação, vencendo, e o segundo, realizado no dia 7 de fevereiro de 1988 que teve o resultado favorável à emancipação.

E o capítulo final, iniciado na Assembleia Legislativa, com a votação do projeto de lei que previa a emancipação, e a sua sanção pelo governador Valdir Pires, no dia 12 de maio de 1988.    

Em resumo, são esses os principais fatos que marcaram a história do município. E hão de ser perpetuados na memória de quem aqui nasceu ou quem escolheu esta terra para viver, trabalhar, constituir família e, assim, contribuir para o seu engrandecimento.

Em uma frase que é bastante conhecida dos mais antigos, Lucas Reis, um dos pioneiros do comércio local, já afirmou: “Eunápolis, quem faz somos nós”: os filhos que aqui nasceram e os adotivos, gente do nosso Estado e das diversas regiões desse imenso Brasil.   

 

Teoney Araújo Guerra é jornalista provisionado

e pesquisador da história de Eunápolis

        

 

 








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