Entre os contratos de autorização para implantação de oito terminais portuários privados no Brasil, assinados pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, está o de uma das obras mais esperadas pela Bahia, devido à sua importância para o crescimento da economia estadual, em especial da região sul do Estado: o terminal portuário de Ilhéus, o chamado Porto Sul, que será o destino final das cargas transportadas pela Ferrovia Oeste-Leste (FIOL). O porto, que deverá gerar 1.500 empregos diretos e nove mil indiretos na operação, além de ouros milhares durante a construção, é considerado fundamental para a exportação do minério de ferro proveniente da mina Pedra de Ferro, que fica no município de Caetité.
Localizado no distrito de Aritaguá, na zona sul de Ilhéus, o equipamento receberá as cargas transportadas pela FIOL e que terão como destino final os mercados internacionais. O projeto prevê a movimentação de 60 milhões de toneladas de cargas em 10 anos, chegando a 100-120 milhões em 25 anos. Caso tais previsões se confirmem, o Porto Sul poderá assumir o posto de terceiro maior porto do Brasil.
Maior empreendimento portuário do Nordeste do Brasil e um dos mais importantes projetos logísticos do Brasil, com sua área de influência abrangendo os estados da Bahia, Minas Gerais, Goiás, Tocantins e Mato Grosso, estima-se que a construção do porto demandará recursos de R$ 5,6 bilhões. Desse total, R$ 3,6 bilhões serão recursos privados investidos na Zona de Apoio Logístico (ZAL), que será controlada pelo Governo do Estado da Bahia. Os outros R$ 2 bilhões serão destinados ao Terminal de Uso Privativo (TUP) da Bahia Mineração (Bamin), subsidiária brasileira da empresa cazaquistanesa Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), que é a principal interessada na construção do porto para a exportação do minério de ferro retirado de sua mina em Caetité.