A operação de compra da refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos) em 2006, segundo matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo, teve o voto a favor da presidente Dilma Rouseff, quando era ministra da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, tendo como base um resumo feito pelo ex-diretor internacional da Petrobrás Nestor Ceveró.
Quando o conselho presidido por Dilma avalizou a compra de 50% há oito anos atrás pelo valor de 360 milhões de dólares, oito vezes maior do que o valor pago pela empresa belga Astra Oil no ano anterior pela unidade inteira, a refinaria de Pasadena já era considerada obsoleta.
Depois de uma disputa judicial, a Petrobrás se viu obrigada” a comprar a outra metade, pagando ao final um total de US$ 1,2 bilhão (Um bilhão e duzentos milhões de dólares).
Segundo nota da presidente, ela justifica que baseou sua decisão em resumo que classifica de “falho” e “omisso”.
A compra é investigada pelo Tribunal de Contas da União, Ministério Público do Rio e pela Polícia Federal, e nos meios políticos, as opiniões são de que, ao falar sobre o assunto, a presidente teria agido por impulso, trazendo desgaste político ao governo em ano de eleição, numa crise que estava apenas dentro da Petrobrás.
O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em defesa da presidente, argumentou que “na vida pública não pode existir, absolutamente, nenhuma dúvida, e que a presidente quer o esclarecimento definitivo”, mas ressalvando que uma investigação do Congresso só deve ocorrer se não ficarem esclarecidas as apurações realizadas por outros órgãos oficiais.
No jornal O Estadão, comentários colocam em dúvida a credibilidade do senador Renan Calheiros para defender a presidente, taxando o fato como “afronta”, colocando o senador como “rei dos desmandos”, e que com “a educação, a saúde e a segurança caindo aos pedaços, estádios e obras superfaturadas por todos os lados, a corrupção correndo solta, este calhorda vem com este papo furado”.