O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de outubro, divulgado ontem, pelo IBGE, ficou em 0,28% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês. Para o cálculo, os os preços foram coletados entre 14 de setembro e 11 de outubro e comparados com aqueles vigentes de 15 de agosto a 13 de setembro.
A prévia da inflação constatada na RMS e em Salvador, no mês de outubro, foi a 2ª mais baixa do país, dentre os 11 locais pesquisados separadamente pelo IBGE, desacelerando em relação ao resultado de setembro, de 0,35%, e ficando abaixo do índice nacional, que foi de 0,54%.
Oito grupos de produtos e serviços tiveram aumento neste mês. Os que mais aumentaram e contribuíram para a alta do IPCA-15 foram os preços dos grupos habitação, (1,62%) e alimentação (0,63%), puxados, respectivamente, pela energia elétrica (5,28%) e pelas carnes (5,30%). A principal contribuição para puxar o IPCA-15 da habitação para cima foi por causa da energia elétrica residencial (5,28%), que entrou na bandeira tarifária vermelha patamar dois, a partir de 1º de outubro. O gás de botijão (1,45%) também teve aumento relevante de preço.
O aumento de preços na alimentação foi puxada pela forte alta das carnes (5,30%), como a costela (7,66%), o chã de dentro (5,39%) e a alcatra (6,01%).
Itens como o café moído (4,99%) e o leite longa vida (4,12%) também contribuíram para a alta do custo da alimentação na RMS, segundo o IPCA-15.
Entretanto, dentre os alimentos, também houve quedas relevantes de preços, por exemplo entre os tubérculos, raízes e legumes (-11,16%), como a cebola (-22,82%, item com a maior redução), e as frutas (-1,65%), como a manga (-21,56%), que ajudaram a aliviar a alta geral da alimentação.
Preço de transportes teve queda por causa da gasolina e passagem aérea
A surpresa deste mês foi a queda média de preços dos transportes (1,13%), no entanto, puxada, principalmente, pela gasolina (-2,93%) e pela passagem aérea (-9,33%).
A queda do preço dos transportes na prévia de outubro se deu, principalmente, por conta dos combustíveis (-3,01%), em especial, da gasolina (-2,93%), item que mais ajudou a segurar o IPCA-15 da RM Salvador. A passagem aérea (-9,33%), o ônibus urbano (-1,86%) e o transporte por aplicativo (-6,55%) também foram importantes para a deflação do grupo.
Apesar disso, o IPCA-15 da RM Salvador com o mês de outubro, em relação a todo ano de 2024, acumula alta de 3,60% e foi o 5º maior índice do país, mas passou a ficar abaixo do registrado no Brasil como um todo (3,71%);
Os índices mais altos foram registrados no município de Goiânia/GO (1,07%), e nas RMs Curitiba/PR (0,63%) e São Paulo/SP (0,61%).
Com o resultado do mês, o IPCA-15 da RM Salvador acumula alta de 3,60% no ano de 2024 (janeiro a outubro). Apesar de ter aumentado em relação a setembro (quando estava em 3,31%), passou a ficar abaixo do índice nacional (3,71%) e caiu de 2º para 5º mais elevado entre os 11 locais pesquisados.
No acumulado nos 12 meses encerrados em outubro, o IPCA-15 da RMS está em 3,95%, mantendo-se abaixo do nacional (4,47%) e ficando apenas como o 8º entre os 11 locais pesquisados.
O quadro a seguir mostra os resultados do IPCA-15 de outubro de 2024, para o Brasil e cada uma das áreas investigadas separadamente.