Salvador é uma das capitais onde entregadores de aplicativos iniciaram, nesta segunda-feira (31), uma paralisação nacional em protesto contra a precarização do trabalho e a baixa remuneração.
O movimento, conhecido como "breque dos apps", reúne trabalhadores de 59 cidades e inclui atos de rua em ao menos 19 capitais. Entre as reivindicações, estão o aumento da taxa mínima para R$ 10 por corrida e a elevação do valor por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50.
Os entregadores também pedem a limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros e o pagamento integral de cada pedido nos casos de entregas agrupadas.
A paralisação tem como principal alvo o iFood, líder do mercado de delivery na América Latina, mas também inclui outras plataformas, como Uber Flash e 99 Entrega. Segundo as lideranças do movimento, a adesão tem sido expressiva, e vídeos convocando trabalhadores circulam amplamente nas redes sociais.
A manifestação ocorre em meio ao impasse na regulamentação do setor. Em 2023, o governo federal tentou costurar um acordo entre entregadores e empresas de aplicativos, mas as negociações fracassaram.
O iFood, por sua vez, informou que tem aumentado a remuneração dos entregadores nos últimos anos e que segue avaliando novos reajustes. A empresa pediu que os atos ocorram de forma pacífica, sem bloqueios a estabelecimentos e trabalhadores que optaram por não aderir à greve.