Com a confirmação da greve dos bancários por todo o Brasil, a partir desta terça-feira (6), o consumidor deverá adotar novas medidas para fazer serviços realizados pela categoria que irá paralisar as atividades. Portanto, aqueles que precisam pagar contas, pegar empréstimos, fazer transferências, devem estar atentos às formas alternativas para fazê-los durante o período. De acordo com a Associação Brasileira de Defesa ao Consumidor (Proteste), a legislação garante aos clientes bancários, a continuidade de serviços essenciais.
Um dos primeiros passos para quem precisa ir ao banco resolver alguma eventualidade é ligar para a agência e buscar saber se este aderiu à greve. No caso dos saques, sendo a resposta positiva, o usuário deverá entrar em contato com o banco e descobrir qual a agência mais próxima para atendê-lo. Isso também vale para quem tem dinheiro à receber da “boca do caixa”. Os valores menores poderão ser sacados nos caixas eletrônicos.
Durante o período de greve, o consumidor também poderá efetuar pagamentos de serviços públicos, como as contas de luz, de água e telefone nas casas lotéricas ou em supermercados. Também é possível realizar os pagamentos por telefone, internet, ou nos terminais eletrônicos, mas é importante sempre solicitar algum documento ou comprovante de pagamento após realizá-lo. No caso do telefone, é preciso anotar o número de protocolo.
Se não for possível efetuar o pagamento destas formas, o consumidor deverá entrar em contato com o fornecedor para checar outras maneiras de quitar o débito, ou se a data de vencimento pode ser prorrogada. Mais uma vez, é importante solicitar um recibo, caso o pagamento for realizado com a própria empresa.
Por conta da greve não ser de responsabilidade do consumidor, e nem do fornecedor, não poderão, durante o período de paralisação na atividade dos bancários, serem impostas penalidades como multas e juros, caso haja atraso de pagamentos. Ainda assim, o Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor (Idec) recomenda que o cliente bancário se programe para realizar o pagamento, de preferência, antes do prazo de vencimento.
PARALISAÇÃO
Na última quinta-feira (1), os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado durante assembléia realizada no Ginásio de Esportes do Sindicato, na Ladeira dos Aflitos. A categoria recusou a proposta de reajuste salarial da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de 6,5%.
A categoria pede um aumento de 14,78% (reposição da inflação mais 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 8.317,90, além de mais contratações, investimentos em segurança e melhores condições de trabalho.
