A greve dos bancários completou 30 dias com agências fechadas. Confira abaixo dois textos em que seus autores manifestam suas opiniões, contra e a favor do movimento, apontando suas consequências negativas e positivas:
CONTRA
“Obrigado, Bancários! Vocês estão ajudando o progresso tecnológico que tanto tentam atrapalhar!
Devido a greve bancária, os aplicativos dos principais bancos estão dentro do ranking dos 50 mais baixados! Tanto para iPhone quanto para o Android. Os bancos estão confirmando que podem viver sem os bancários grevistas e treinados pelo PT para sabotarem a sociedade, a qual está vivendo normalmente sem as filas de bancos.
Os bancários só pensam em seus empregos! Querem que voltemos à idade da pedra, tendo que ficar por horas em filas imensas em pé só para descontar um cheque ou pagar a conta de água! Afff
A parte mais importante para os defensores do atraso é que eles claramente não aprendem com os erros dos outros! O melhor marketing para a Uber foi o sindicato dos taxistas, que para dizer que a Uber era ruim e maldosa, decidiu fazer greve e deixou um oceano azul de oportunidades.
Repetindo a mesma estrategia, o melhor marketing para os aplicativos e a digitalização bancaria está vindo do Sindicato dos Bancários! Não tendo opção de como usar o banco, as pessoas estão precisando aprender a usar o aplicativo e vendo que a vida fica bem mais fácil com eles. Não tem modo melhor para mostrar a fraqueza de um serviço do que mostrar que a ausência dele não é tão significativa!
A vida até que tá boa sem o mau humor dos caixas, sem as filas... Nada que uma biometria e um app no celular não resolva! Sigam com sua greve, daqui a pouco vão descobrir que o mundo tá se virando bem sem vocês!
No mundo de hoje, ser contra o progresso está se tornando a melhor ferramenta para acelerá-lo!
Se a greve é um direito de todos, porque a Dilmalandra ficou perseguindo os caminhoneiros em greve?
E PODEM ESPERAR, QUANDO ESSA GREVE TERMINAR, MUITOS BANCÁRIOS SERÃO DISPENSADOS POIS ELES NÃO FIZERAM FALTA!!!”
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A FAVOR
“A greve dos bancários defende em seu turno, não somente a questão salarial , mas a contratação de mais funcionários, o aumento do horário de atendimento para que seja das 08:00hs às 17:00hs, o fim da venda casada de produtos lincados com a liberação de recursos, a redução das taxas e tarifas que os bancos cobram, etc., a greve dos bancários é um direito tal qual é o direito dos profissionais da educação quando paralisam suas atividades, é igual à greve dos profissionais de saúde, é igual a dos petroleiros, da polícia civil, dos funcionários dos correios, de tantas e todas as atividades de trabalho.
Em tese, trata-se de um movimento que parte de uma sociedade faz para a busca de seus direitos. Eu, como cidadão, ainda que afetado em cada movimento desse, vejo com respeito as reivindicações de qualquer categoria, até porque não desejo o mundo só para mim. Ademais a greve dos bancários reinvidica direito legal, a reposição do índice inflacionário e reajuste real de uma das atividades mais rentáveis e lucrativas do País, a dos bancos, que acumulam ano após ano, riqueza, lucros, etc. Não se está reinvidicando algo que seja inexigível. Na realidade, a greve ocorre por conta da insensatez de alguns empresários que, como é costumeiro, só olham para si mesmos. O melhor de tudo é que a sociedade tem sido prejudicada cada vez menos por conta dos recursos tecnológicos à disposição dos clientes. Desse modo, o cliente em pouco tempo não terá motivo para reclamar em serviços de atendimento ao cliente a personalização do atendimento.
Por fim, entender que o movimento de paralisação dos bancários é um erro, é achar errado tambem que movimentos de paralisação de BR's por alunos que querem estudar e não têm o suporte do poder público. É indiretamente se posicionar contra os produtores rurais dos mais diversos segmentos, que paralisam vias de acessos e estradas porque reinvidicam melhores linhas de financiamento de apoio a produção e melhores preços de para suas produções. Criticar um movimento e se calar diante de outro pode ser oportinismos ou, no mínimo, incoerência.”
