O cronograma definido pelas Comissões da Câmara Municipal de Itabela para ouvir autoridades e dirigentes municipais sobre a questão envolvendo o precatório do Fundef foi “quase” que totalmente cumprido com sucesso.
O “quase” fica por conta da única ausência verificada entre todos os convocados, no caso, a Procuradora Municipal, que teria enviado um representante, situação que, segundo membros das comissões, não foi aceita pelos vereadores, devendo ser feita nova convocação da titular, para que o relatório final seja elaborado.
Ao final da última oitiva realizada nesta quarta-feira (28), à reportagem do Clic 101 os membros das comissões falaram da importância e do sucesso alcançado, e da clareza nos depoimentos de todos os convocados, entre eles a secretária de Educação, professora Christiany Coelho Grassi; o engenheiro Wilson Boone; diretora da Capremi Sônia Lima; professor Valtim Lima e equipe da APLB Sindicato.
Capremi
Deixando claro que à direção da Capremi não cabe definir nenhuma situação com relação aos recursos oriundos do precatório, a diretora Sônia Lima informou à reportagem que apresentou às Comissões a Lei nº 10.887/2004, como subsídio para que o Poder Legislativo, este sim, além do Poder Executivo, encaminhe soluções quanto a forma de repasse dos valores do Fundef, e seja então aplicada a legislação pertinente quanto a desconto ou não do valor destinado a cada servidor da educação.
Questionada sobre a situação caótica do caixa da Capremi e sobre o destino dos servidores já aposentados e dos futuros beneficiários, Sônia Lima asseverou que essa situação não depende da direção da entidade, mas do resultado de tudo que está ocorrendo fora da sua alçada.
APLB Sindicato
O professor Valtim Lima, coordenador da APLB Itabela, disse estar satisfeito com o desempenho dos membros da Câmara, e que a luta pode estar chegando ao fim com a verba que está no caixa do município há oito meses.
Já o Dr. Neilton, coordenador regional da APLB, tratou a reunião como de praxe para esclarecimento de algumas dúvidas dos vereadores, dizendo entretanto não ter muita clareza se essa etapa final trará as alegrias pelas quais a classe lutou nesses oito meses, a partir do perfil que o prefeito tem demonstrado na relação sobre o tema tratado.
Afirma também estar acreditando no papel da Câmara, que tem se mostrado firme na luta que pode ir até os tribunais, e que todos vão continuar lutando até o final.
Segundo Neilton, quem vai ganhar com a luta são os trabalhadores com os recursos que lhes foram tirados, e a sociedade que vai ter o recurso sendo aplicado devidamente, 60% para um e 40% para outro.
Prefeito negligenciou, diz coordenador regional da APLB
“O prefeito neglicenciou. Como é que ele como prefeito da cidade, concorda com a criação de uma comissão, que ele tem representação nessa comissão, do ponto de vista jurídico, do ponto de vista administrativo, da gestão da educação, e um trabalho de vários dias, de vários meses, e depois ele desconsidera o próprio grupo dele, desconsidera a APLB que é uma entidade que merece todo respeito, assim como ele enquanto gestor,e faz o que fez. Então, a partir desse demonstrativo, a partir desse perfil que ele desenha pra gente, eu, Neilton, coordenador, diretor da APLB Porto Seguro e da regional, da Delegacia Costa do Descobrimento, acredito que a gente ainda vai ter muito que lutar, mas deixando isso claro que a gente não vai deixar de lutar, porque nós somos forjados na luta, e da luta a gente não foge nunca, porque é a luta que nos dignifica e fazer trazer aquilo que a gente tem por direito. Infelizmente a gente precisa lutar”, finalizou Neilton.