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Comissão Intersetorial realiza reunião para tratar do combate à violência nas escolas


Por: Clic101
Publicado em 13/04/2014 02:01

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Na tarde da última sexta-feira (11), o tema segurança pública voltou a ser tratado em reunião da Câmara Setorial de Combate à Violência na Escola, realizada na Câmara Municipal, onde estiveram presentes o prefeito Paulo Ernesto Pessanha da Silva, presidente do Poder Legislativo Gedalvo Matos, Vice-prefeita Joecélia Coutinho, Promotor de Justiça João Alves, Comandante do 4º Pelotão da Polícia Militar Ten. Assis, Pároco da Igreja São João Batista Frei Ivanilton, Pastor José Ademilson, Secretário de Educação Emanoel Oliveira, vereador José Alencar.

 

Com uma platéia composta por dirigentes escolares, representantes de comunidades religiosas, entidades sociais, servidores ligados a órgãos, programas e projetos sociais, dirigentes do sindicato dos professores, membros de conselhos escolares, o assunto central da reunião, a violência nas escolas, foi abordado sob os seus diversos aspectos pelas autoridades presentes, no sentido de propiciar tranqüilidade e segurança no ambiente escolar, buscando integrar as famílias para que tenham participação efetiva no andamento das atividades das unidades de ensino.

Algumas medidas foram anunciadas pelo prefeito, como a implantação de cursos técnicos para inserção dos jovens em atividades produtivas e capacitação para servidores que exercem atividade como vigilantes nas escolas, ressaltando a omissão do governo estadual, que não estaria cumprindo o seu papel.

O vereador Alencar falou sobre medidas já determinadas em lei, como a proibição da entrada de bebida alcoólica e realização de festas com fins lucrativos nas escolas, entrada de celulares nas salas de aula, e o despreparo de servidores destacados para atuarem nas escolas, especialmente os vigilantes, enfatizando que “vocês não estão seguros com os vigilantes que têm”, e que “três deles, bandidos, que denunciei ao Tenente, denunciei ao Delegado... continuam trabalhando no município, não foi feito nada...”.

As manifestações das lideranças religiosas deixaram claras a necessidade das igrejas desenvolverem trabalhos além das paredes dos templos, como ressaltou o pastor José, e a urgência de acompanhamento efetivo a alunos e professores, além de não se apontar culpados, com cada um fazendo a sua parte, rompendo o pecado da omissão, segundo enfatizou o frei Ivanilton.

Para o promotor João Alves, a “reunião com todos os representantes da sociedade civil e autoridades é a demonstração clara que Itabela está reagindo aos reclamos”, enfatizando que “estamos vivendo uma guerra silenciosa que está atingindo a todos e que exige providências enérgicas... a gente tem que sair daquela letargia... daquelas medidas convencionais para percebermos que estamos num estado novo”, que sob determinados aspectos, “infelizmente a lei criada por aqueles que talvez não tenham a visão dos senhores, mas vivem dentro de uma outra realidade, cercada com os recursos públicos, com toda a proteção, com segurança privada e outras, não imagina nem se preocupa com o que está acontecendo para nós aqui, simples mortais”, e que “nesse país, quando não se quer fazer nada, se cria uma lei, e se estabelece tantas amarras, ou seja, dá uma atribuição àquela pessoa, mas que a atribuição dela está vinculada a outra, está vinculada a outra e a outra está vinculada a outra; então ninguém faz nada porque todos estão vinculados, mas ninguém tem autonomia”.

Ressaltando que essas questões não são amarras, o Promotor teceu considerações e transmitiu orientações relevantes sobre o atual momento vivido no ambiente escolar, especialmente pelos educadores, “a quem é exigido até educação doméstica que uma criança não tem em casa, mas não dá para eles a autonomia para dar o castigo quando é necessário... É muito cômodo para o pai dizer que a educação deve começar na escola, quando professor não tem autonomia para castigar aquele que desobedece”.

O encontro foi finalizado pelo secretário de educação Emanoel Oliveira, que manifestou o seu desapontamento pela visão de educadores que, diante da situação existente, ficam a dizer “eu quero mais, eu quero que aconteça o pior”.

Disse Emanoel que “infelizmente nós estamos regredindo, porque nossa visão era que daqui a alguns anos a gente poderia derrubar o muro, mas a gente vai ter que aumentar o muro... vai ter que tirar as grades e aumentar o muro... os bandidos estão ali encostados no muro negociando com o pessoal dentro da escola”.

“A gente conta com o empenho de todos os cidadãos, do executivo, do judiciário, da polícia, do legislativo... porque o problema que é social atinge todos nós”, finalizou Emanoel Oliveira.




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