Nesta manhã de terça-feira (11/10) na cidade de Itabela, Agentes de Combate a Endemias e Fiscais da Vigilância Sanitária estiveram no Colégio Augusto Gonçalves Costa, em atendimento a denúncia partida do pai de uma estudante, que também é membro do Conselho Escolar.
A denúncia apontava várias situações que foram constatadas pelos fiscais e pelos agentes.
Segundo os Agentes de Combate a Endemias, no espaço da escola foram encontrados vários criadouros – recipientes ou mesmo lixo que podem armazenar água parada dando chance ao mosquito de reprodução da Dengue. Com relação a uma caixa d’água que se encontra aberta, os agentes informaram que apesar de não haver larvas a água estaria imprópria para consumo. Em uma fossa em que parte da laje já desabou foram encontradas várias larvas, que foram encaminhadas ao laboratório para análise.
Dentre os problemas constatados pelos fiscais da Vigilância Sanitária, a situação inadequada de banheiros próximos a cantina, pias quebradas e outros problemas nos banheiros – que inclusive haviam sido notificados à Secretaria de Educação na gestão do secretário anterior ao atual. Os problemas já notificados anteriormente não foram o motivo que levou à interdição da escola nesta manhã, mas sim a fossa já aberta e prestes a desabar, e na quadra os restos do que antes eram as traves, que ficaram apenas as pontas de ferro, ambos oferecendo grande risco às crianças.
Nossa reportagem ouviu o senhor Marilzan Santos de Jesus – pai de uma aluna, presidente do Conselho Escolar e autor da denúncia, que disse ter tomado as medidas depois de não ver resultado em ofícios e notificações à Secretaria de Educação.
Conversamos também com a equipe do Colégio Augusto Costa, que tem como diretora a senhora Rosemeire Bento Santos. A diretora informou que vários ofícios foram encaminhados à Secretaria de Educação comunicando os diversos problemas, bem como solicitando materiais e reparos na unidade escolar. Veja aqui o último ofício enviado à Secretaria de Educação em 28/09/2016, assinado pelo presidente do conselho e com carimbo da escola, que segundo a diretora até então não havia obtido resposta.
Tomando conhecimento de que a situação estava ocorrendo, ainda no processo de interdição os Secretários de Educação e de Obras, Paulo Carvalho e Adailton Costa, respectivamente, estiveram na unidade.
Ainda de acordo com os fiscais da Vigilância Sanitária, se os problemas de maior risco como as fossas e os ferros forem resolvidos, a unidade será liberada para conclusão do ano letivo e posteriormente poderá ser interditada até que os problemas como banheiros próximos à cantina sejam resolvidos.
Por esta situação, as aulas do período matutino foram interrompidas e no período vespertino não houve aula.