Os torcedores baianos, aqueles que têm ao longo do tempo proporcionado as maiores arrecadações e levado os melhores públicos aos estádios, tiveram um domingo para apagar da memória.
Embora esperado, pelo pífio desempenho de Bahia e de Vitória ao longo do campeonato, o rebaixamento dos dois maiores clubes baianos para a segunda divisão do campeonato brasileiro deixa claro que a reformulação deve ser geral, de estrutura e de conceitos.
Bahia
O rebaixamento do Bahia para segunda divisão não pode ser atribuído apenas aos erros cometidos pela diretoria, fora das quatro linhas, ou pelas decisões tomadas pelos três treinadores que estiveram à frente da equipe. Com apenas nove triunfos, menor quantidade na história do Bahia nas edições dos pontos corridos, o tricolor baiano retorna para segunda divisão também com seu pior desempenho em números dentro de campo, se comparado aos dois rebaixamentos anteriores em 1997 e 2003. Na primeira queda, por exemplo, apesar do formato da competição ser diferente, o Bahia caiu para segunda divisão com 34,7%. Já em 2003, ficou fora da série A com 33%, marca que supera os 32,4% da atual campanha.
Vitória
O Vitória foi rebaixado para a Série B , tendo vencido apenas 10 partidas, perdido 20 e empatado 9, um aproveitamento de 33,3%. Com 38 pontos conquistados e um desempenho pífio, essa foi a menor pontuação do rubronegro baiano na era dos pontos corridos, desempenho pior que em 2010, quando somou 42 e também não conseguiu escapar da degola.
O que fazer?
Exemplos a serem seguidos estão aí no futebol mineiro e principalmente no catarinense, que terá quatro equipes no próximo ano.
De outra parte, enquanto os melhores atletas revelados nas categorias de base não forem mantidos nos elencos de Bahia e de Vitória, sendo vendidos sempre e brilhando no sul do país e no exterior, e importando jogadores de qualidade técnica duvidosa e inservíveis para equipes de ponta, o futebol baiano vai continuar amargando derrotas, sofrimento, envergonhando seus torcedores, se limitando apenas a tentar fugir da degola, sem qualquer possibilidade de disputa por posições na ponta da tabela.
