A advogada Rosangela Maria Wolff de Quadros Moro, esposa do juiz mais famoso do Brasil, Sérgio Moro, comentou em uma entrevista à revista Veja sobre as dificuldades em ter que mudar a sua rotina para se precaver de pessoas insatisfeitas com as investigações da Operação Lava Jato e que poderiam causar algum mal a ela e sua família.
Sérgio Moro se tornou o símbolo principal da operação mais famosa de combate à corrupção. Com seus trabalhos rígidos e busca incessante de prender os corruptos e favorecer um Brasil mais justo para todos, Moro e sua família têm ficado atentos diariamente para não se tornarem vítimas de criminosos que não aceitam as decisões dele.
Rosangela comentou que após começar a Lava Jato, a sua rotina virou de cabeça para baixo. Aos 43 anos de idade, ela é obrigada a usar escolta, carros blindados e ficar atenta com quem chega perto dela e aperta a sua mão. Um pequeno descuido pode ser perigoso.
Advogada tributarista, ela afirmou que já perdeu vários clientes quando eles sabem que ela é esposa do juiz. Muitos se revoltam com Moro porque ele tem feito uma limpeza no Brasil e a corrupção é uma das fontes de riqueza de vários empresários corruptos.
Ela ressaltou que mesmo tendo Sérgio Moro como seu marido, possui um brilho próprio e nunca quis viver à sombra dele.
Vidas cruzadas
Rosangela comentou que Moro era seu professor de direito constitucional. No começo ela revelou ter sentido raiva dele porque ele era muito exigente e severo nos trabalhos que pedia, e como era o último ano da faculdade, todos estavam pensando apenas em festas.
“Estudei dobrado para passar”, disse Rosangela.
Ela contou que começou a sentir algo especial pelo juiz numa festa de amigos em que ele também foi convidado. Nessa festa, eles perceberam várias afinidades e começaram a namorar. Depois de um ano, Moro a pediu em casamento.
Vida de limitações
Rosangela afirmou que após se casar com Moro, ele foi direcionado para ser juiz titular de Cascavel, Paraná. Ela teve que acompanhá-lo e acabou largando tudo, até mesmo de ficar perto de sua família. Ela garante que isso foi feito por amor.
As dificuldades de estar junto com um juiz exigiam algumas limitações. Ela disse que não faltavam convites para eles vindo de políticos, de empresários e de várias outras pessoas, porém, para evitar conflito de interesses, eles preferiam não ir aos eventos.
Rosangela disse que na casa onde moravam em Cascavel, era apenas ele e ela, ela e ele. Eles viviam meio que isolados, pois estavam longe da família.