O Papa Francisco afirmou que o fenômeno das fake news começou já no início dos tempos bíblicos, quando Eva foi tentada a colher uma maçã do jardim do Éden, sob influência de informações falsas divulgadas pela serpente.
A declaração consta no documento "A verdade irá libertá-lo - notícias falsas e jornalismo para a paz", emitido em antecipação ao Dia Mundial das Comunicações Sociais da Igreja Católica, em 13 de maio.
"A estratégia desse inteligente 'pai das mentiras' é precisamente a imitação, essa forma de sedução traiçoeira e perigosa que se insinua no coração com argumentos falsos e atrativos. (...) Difundir notícias falsas pode servir para atingir objetivos específicos, influenciar decisões políticas e servir a interesses econômicos", escreveu Francisco. De acordo com a Folha, o papa ainda classificou notícias falsas como "sinal de atitudes intolerantes e hipersensíveis", que levam apenas à difusão de arrogância e ódio. O documento é divulgado uma semana depois de o papa viajar pela América do Sul, quando foi atingido pela cobertura negativa da imprensa. Francisco foi criticado por ter defendido no Chile um bispo acusado de acobertar abusos sexuais de padres contra menores.