Os compromissos assumidos pelo Governo para atender algumas das reivindicações dos caminhoneiros e evitar a continuidade da paralisação, cujos reflexos ainda perduram em todos os setores da comunidade e da economia, dão sinais de que os altos escalões governamentais se perderam em meio ao desconhecimento de funcionamento do setor, erraram nos cálculos, nas informações calorosas diante dos microfones da mídia nacional e até nas ameaças a donos de postos de combustíveis, com punições que vão de notificações, pesadas multas, até o fechamento dos empreendimentos.
DIESEL
As últimas informações vindas do Governo Federal são de que os 46 centavos, ao invés de já deverem estar cravados nas bombas, ainda terão mais quinze dias para entrar em vigor, demonstrando que o governo não teria atentado para os diferentes índices de tributação nos diversos Estados brasileiros.
TABELA DE FRETES
A tabela de frete mínimo estabelecida pelo Governo Federal acaba de ser contestada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), através do seu presidente João Martins da Silva Júnior, que ameaça ir à Justiça em defesa da sobrevivência do setor produtivo rural, que não teria como suportar mais esse ônus de arcar com os valores estabelecidos, além da escorchante carga tributária já existente.
No setor empresarial, na poderosa Fiesp- Federação das Indústrias do Estado de São Paulo há forte reação contra a tabela de fretes, com as empresas reclamando contra a falta de competitividade do mercado e falando que com o tabelamento haverá aumento de 30% té 150% no preço final dos produtos, e quem vai acabar arcando com isso será o consumidor.
Segundo a Fiesp, o governo está querendo resolver um problema e criando outros.
Também segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação, a tabela levará a um aumento de atém80% no preço da logística para o setor.