Secretário de Comunicação da Bahia (Secom), André Curvello, em entrevista a um site da capital baiana, teceu críticas à maneira como o investimento em comunicação é encarado pela sociedade.
Para o titular da Secom é necessário um amadurecimento de todos os setores que compõem a sociedade para a importância da comunicação estatal. “É sempre tratada como clichê, como motivo de crítica. Eu canso de ouvir as pessoas falando ‘poxa, gasta X com publicidade’, mas ali não é invenção, é um orçamento público que está ali, que é aprovado pela Assembleia, e que efetivamente você precisa comunicar”, disse Curvello ao ressaltar a importância da verba investida pelo estado em propaganda para a economia e o mercado.
“O Poder Público, como em todas as áreas, é um importante player do mercado”, argumentou o gestor, que disse também que o investimento em publicidade é tratado pelos adversário de “forma política eleitoreira”.
Curvello, que foi o primeiro nome confirmado pelo governador Rui Costa para permanência do cargo na reforma administrativa, explicou ainda que desde a reeleição do petista a equipe de comunicação começou a traçar estratégias do setor para o novo mandato. Na avaliação do titular da Secom, apesar de ser um governo de continuidade, é necessário deixar claro à população que será diferente, e que não será “mais do mesmo”. “A gente tem que se superar na criatividade, seguindo o ritmo do correria, pra gente ser mais criativo na comunicação para não parecer mais do mesmo”.
Sobre a marca “Correria”, atribuída ao governador da Bahia no último mandato, Cuverllo assegura que não foi intencional. Segundo ele a Secretaria de Comunicação aproveitou uma característica percebida e ressaltada em Rui pela própria população: “O slogan foi natural. Quem criou o nome "Correria" foi o povo. Não foi a secretaria de Comunicação, não foi este ou aquele publicitário, esta ou aquela agência. Foi o povo”.
“Começou por causa daquele ritmo que ele tem, um ritmo bastante agudo de viagens, e aí ele sai andando e o pessoal começou a dizer que ninguém acompanhava, que era correria pura, e foi pegando isso”, relembrou André Curvello.