Em greve desde a última sexta-feira (31/01), e conforme deliberação em assembléia promovida pelo Sincotelba – Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia, os servidores dos Correios continuam paralisados por tempo indeterminado em todo o Estado.
O motivo é a quebra do acordo da ECT em não cumprir a determinação do TST no julgamento do dissídio coletivo do ano passado, de manter o atual plano de saúde (Correios Saúde) da categoria, garantindo todos os direitos dos funcionários e seus dependentes, e sua continuidade como gestora do benefício.
A empresa decidiu mudar o plano para Postal Saúde, o que conforme os trabalhadores representa a privatização do convênio médico. Desde que iniciou o processo de modificação têm sido descredenciados importantes hospitais e centros médicos, dificultando o atendimento ao trabalhador.
“Estamos lutando por uma causa justa. A ECT precisa respeitar e valorizar seus funcionários”, disse a presidente do Sincotelba, Simone Soares Lopes.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT) até agora quinze Estados já aderiram ao movimento e a tendência é aumentar.
Como forma de atalhar a greve a direção da empresa entrou com pedido de liminar no Tribunal Superior do Trabalho, no intuito de manter 80% do efetivo operacional trabalhando, e ainda requereu a abusividade do movimento com o desconto dos dias parados.
No entanto, o presidente do TST Carlos Alberto Reis de Paula indeferiu a solicitação e determinou que a ação cautelar fosse distribuída à Seção Especializada de Dissídios Coletivos. Segundo o parecer do ministro, antes de qualquer deliberação é necessário analisar o que foi decidido na sentença normativa do dissídio coletivo de 2013, bem como as alterações realizadas pela ECT no plano de saúde.
Doenças de pele e horário de entrega de correspondências
A partir das 15h desta quarta-feira (5) a categoria volta a se reunir em frente ao prédio central dos correios na Pituba, em Salvador/BA, para decidir sobre o horário de entrega de correspondências pela manhã pelos carteiros.
Segundo divulgação do sindicato da classe, o câncer da pele, doença muitas vezes associada ao excesso de sol na praia, começa a figurar como importante causa de afastamento do trabalho.
Nos últimos cinco anos, houve um aumento de 55% no número de benefícios concedidos por incapacidade provocada por esse tipo de câncer.
Em 2000, ocorreram 1.438 afastamentos por câncer da pele. Em 2004, esse número saltou para 2.282, segundo dados do ministério da previdência social. Ainda não foram compilados dados sobre o tipo de profissão com mais incidência do câncer ou o perfil dos trabalhadores doentes.
Embora seja o tipo de tumor mais frequente no país responde por 25% de todos os casos.