Alvo predileto, e pela participação popular nas redes sociais, por justo merecimento, a classe política está nesse Sábado de Aleluia, dia tradicionalmente dedicado à “queima” de Judas, livre das críticas ácidas da população, pois é quando ocupam quase à unanimidade os imensos “testamentos de Judas” que antecedem a queima, simbolizada por bonecos com as caras e imagens de figurinhas carimbadas.
A quarentena acabou com a animação do povo em um evento tradicional nos bairros populares, e quem mais reclama com o cancelamento momentâneo da tradição são os produtores dos bonecos, que custam em média R$ 280.
“Tem gente que encomendou para chácaras e ruas, mas as comunidades que compraram não vieram buscar e nem os vereadores que todos anos compram para distribuir nos bairros populares vieram”, conta um dos herdeiros do saudoso e tradicionalíssimo produtor Florentino Fogueteiro, na capital baiana.