TECNOLOGIA
Chegou o 4G, mas o preço é para poucos
Chegou o 4G, sistema muitíssimo superior ao atual e que aumenta em dez vezes a velocidade da Internet em smartphones e tablets. Mas não se entusiasme muito. A nova tecnologia custa caro, cerca de dezesseis vezes mais que um 3G. O preço alto inicial é atribuído ao vultoso investimento com desenvolvimento e instalação, com cerca de 2,9 bilhões de reais na compra da concessão para operar a rede, e gastos da ordem de até 6 bilhões de reais até 2014 para instalar antenas. A nova tecnologia traz como principais vantagens poder assistir a filmes em alta resolução em smartphones ou tablets e entrar em sites em milésimos de segundo. Mas tem outras desvantagens além do preço: smartphones e tablets, projetados para a freqüência americana ou asiática, precisam ser adaptados para uso no Brasil; muitos dos dispositivos comprados no exterior não funcionam com o 4G brasileiro; a qualidade da transmissão de dados na web também não é das melhores.
O sistema, que já funciona nas cidades de Recife, Curitiba, Porto Alegre, Campos do Jordão, Búzios e Paraty, está sendo implantado prioritariamente nas cidades-sede da Copa das Confederações (Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro) e a partir de dezembro/2013, nas demais cidades-sede da Copa do Mundo (São Paulo, Manaus, Natal e Cuiabá).
Não há previsão de quando a cobertura atingirá as demais localidades do território nacional, e a explicação para essa demora, segundo os especialistas do setor, está contida principalmente nos fatos de que a rede 4G precisa de seis vezes mais antenas do que a 3G, a construção de cada antena depende de autorização municipal que pode demorar meses, existem dificuldades em obter licença para instalar antenas em áreas de preservação ambiental, e as freqüências hoje utilizadas pela TV analógica precisam ser liberadas para uso da 4G.