O acesso à tecnologia dos DRONES tem ficado cada vez mais fácil aos produtores brasileiros. Com o custo em queda e o constante melhoramento de tecnologias, o equipamento tem sido uma opção viável para gerencias o plantio das mais diversas culturas.
As imagens coletadas pelos drones são de resolução superior às de satélites e podem ser analisadas com a ajuda de um programa de computador, que indica através de cores específicas os problemas que provocam prejuízos nas lavouras. As imagens mostram doenças, falhas, áreas atacadas com nematoides, plantas daninhas, deficiências hídricas, zoneamento de sítios homogêneos, monitoramento de culturas e estudos de conservação do solo.
Há dezesseis anos (1998) a Embrapa vem trabalhando para o aprimoramento da tecnologia dos DRONES, contando hoje com tecnologia de ponta, especialmente no desenvolvimento de softwares para análise de imagens captadas por esses pequenos aviões.
De acordo com o pesquisador Lúcio Jorge, que coordena os estudos sobre DRONES voltados para a agricultura na Embrapa, há duas escalas de tamanho: pequeno e grande.
O primeiro é específico para pequenos produtores e para gerenciar pequenas áreas. Nele há uma câmera ajustável para modo “visível” e modo “infravermelho”, que consegue captar problemas como estresse hídrico, falhas no plantio, possíveis deformidades no tamanho regular das plantas e doenças mais aparentes.
Já o modelo grande é mais completo: possui as mesmas características de funcionamento do primeiro, só que com uma câmera mais desenvolvida, que adiciona também a capacidade de monitorar grandes propriedades e detectar deficiências nutritivas, doenças e pragas complexas, além de conseguir fazer levantamento topográfico.
A tecnologia deve ficar disponível no mercado a partir do ano que vem, e segundo o pesquisador, não será cara e estará ao alcance dos produtores.
O chefe geral da Embrapa Instrumentação, Luiz Mattoso, conta que, além dos DRONES, a entidade também desenvolve softwares para a nova tecnologia. Mattoso explica que os DRONES poderão prever, por exemplo, o aparecimento de pragas.
“Estamos em uma fase de validação com várias culturas em diferentes propriedades. É bem fácil o uso dos drones. São de fácil manuseio e controle. Qualquer produtor pode ser treinado e pode fazer o uso do equipamento. A tecnologia é muito promissora e vai dar uma grande contribuição para o homem do campo”, destaca Mattoso, dizendo ainda que “Os preços devem variar, mas terão drones de R$ 1 mil até R$ 10 mil, R$ 20 mil. Vai depender do tamanho da propriedade e da estabilidade que o produtor quer ter”.
Fonte: Embrapa