IBGE iniciou no dia 20/06/22 a Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, “pontapé inicial” do Censo 2022
Antes de efetivamente entrar nas residências, para aplicar o questionário do Censo Demográfico, agentes do IBGE irão percorrer as vias públicas para verificar como está a infraestrutura urbana das cidades.
Serão observados e registrados 10 aspectos como pavimentação de vias, existência de calçada, arborização, rampas para cadeirantes, iluminação pública, pontos de ônibus/ vans, entre outros.
O levantamento ocorrerá até o dia 12 de julho, nas áreas urbanas de todos os 5.570 municípios do país, envolvendo 22.745 pessoas, 1.202 delas na Bahia.
Todos os agentes da Pesquisa do Entorno estarão uniformizados, usando colete e boné com as marcas do IBGE e do Censo, e identificados por crachá com foto. É possível confirmar a identidade deles pelo 0800 721 8181 ou pelo site respondendo.ibge.gov.br.
A coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022 começa no dia 1º de agosto, mas o trabalho de campo censitário está ocorrendo desde 20 de junho, com a realização da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios.
Esta primeira fase do Censo 2022 irá até o dia 12 de julho e será realizada nas áreas urbanas de todos os 5.570 municípios brasileiros.
Na Pesquisa do Entorno, os agentes do IBGE ainda não irão entrar nas residências das pessoas, mas percorrer as ruas. Vão observar e registrar 10 aspectos da infraestrutura urbana: pavimentação e capacidade de circulação das vias públicas; presença de calçadas e se há obstáculos nelas; existência de bueiro ou boca de lobo; iluminação pública; ponto de ônibus ou van; via sinalizada para bicicleta; rampa para cadeirantes; e arborização.
O objetivo é, a partir dos dados levantados, favorecer a avaliação, formulação e implementação de políticas públicas relacionadas a acessibilidade, circulação de pessoas e veículos, capacidade de escoamento da água da chuva, entre outros.
“São informações que estão além dos muros dos domicílios e são fundamentais para a melhor gestão das cidades, já que tratam de questões que impactam bastante na qualidade de vida das pessoas que moram nos centros urbanos”, afirma o coordenador Operacional do Censo 2022 na Bahia, Francisco Brito.
A Pesquisa do Entorno também é uma importante preparação para o futuro trabalho dos recenseadores, pois, ao percorrer todos os setores censitários urbanos (menores porções em que o território é dividido para a coleta do Censo), possibilitará conhecer melhor suas características e, se necessário, atualizar os endereços já cadastrados previamente pelo IBGE.
A Pesquisa do Entorno será realizada em todo o Brasil por 22.745 agentes censitários supervisores (ACS) recém-contratados e treinados. Na Bahia serão 1.202 pessoas nas ruas de todos os 417 municípios. Elas estarão uniformizadas, usando colete e boné com as marcas do IBGE e do Censo, e identificadas por crachá com foto.
Também é possível confirmar a identidade dos agentes pelo 0800 721 8181 ou pelo site respondendo.ibge.gov.br.
Censo 2010 mostrou que, na Bahia e em Salvador, alguns índices de infraestrutura estavam abaixo dos nacionais
No Censo 2010, a Pesquisa do Entorno revelou que a Bahia e Salvador tinham alguns índices de acesso a infraestrutura urbana menores do que os verificados no Brasil como um todo.
Doze anos atrás, a maioria dos moradores de áreas urbanas do país viviam em locais sem bueiros (60,7% ou cerca de 93 milhões de pessoas). Na Bahia, essa proporção chegava a quase 8 em cada 10 pessoas: 78,9% ou cerca de 7 milhões. Em Salvador, a percentagem era um pouco menor (57,5%), mas ainda representava cerca de 1 milhão de pessoas morando em áreas sem bueiros.
Tanto na Bahia como em Salvador, 4 em cada 10 pessoas viviam em áreas onde não havia calçadas (40,0% no estado, ou cerca de 4 milhões de moradores, e 38,7% na capital, ou quase 760 mil pessoas). No Brasil, esse percentual era um pouco menor: cerca de 1/3 da população urbana (33,6%) morava em áreas sem calçadas (quase 52 milhões de pessoas, em números absolutos).
Enquanto 66,2% dos moradores das áreas urbanas do Brasil viviam em logradouros com a presença de árvores (cerca de 102 milhões de pessoas), na Bahia a proporção caía para 53,7% (quase 5 milhões de pessoas) e, em Salvador, se reduzia ainda mais, para 38,4% (750 mil pessoas).
Rampas para cadeirantes eram o elemento menos presente em 2010. No Brasil como um todo, apenas 3,9% da população urbana morava em logradouros com esse elemento de acessibilidade (6 milhões de pessoas). Na Bahia e em Salvador, os índices eram ainda menores: 1,1% no estado (cerca de 100 mil pessoas) e 1,9% na capital (38 mil pessoas).