O 9º Boletim Desigualdade nas Metrópoles, que utiliza dados da Pnad Contínua com recorte do ano passado, apontou que Salvador é a metrópole brasileira com o segundo maior percentual de população na extrema pobreza. Em 2021, 12,2% da sua população vivia com menos de R$ 465 per capita (por pessoa) por mês.
Apenas Recife tem um percentual maior do que o da capital baiana, com 13% da população na extrema pobreza. Por outro lado, entre as grandes cidades do país, os menores percentuais de extrema pobreza estão em Florianópolis, com 1,3%, e Cuiabá, com 2,4%.
Além de medir a extrema pobreza nas metrópoles, também foram divulgados pelo boletim os índices de pobreza, ou seja, de pessoas que ficaram próximas da renda per capita de R$ 465 por mês. As metrópoles do país, somadas, chegaram ao recorde de 19,8 milhões de pessoas na pobreza, o que equivale a 23,7% de toda a população brasileira.
O número foi um recorde desde o início da série histórica, em 2012. Até então, a porcentagem de pobres no Brasil nunca havia passado de 20%. O boletim é produzido em parceria entre Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Observatório das Metrópoles e Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL).