Segundo a lenda, a figura do lobisomem é de um monstro que mistura formas humanas e de lobo. Fala-se que quando uma mulher tem 7 filhas e, depois, um homem, esse último filho será um Lobisomem.
Vilson Mota, 46 anos, diz que nesta quinta-feira (8) à noite caminhava sozinho numa estrada vicinal entre os Povoados de Piaba e Estaleiro, zona rural de Barrocas/BA, quando num determinado ponto avistou a apenas 3 metros de distância, algo muito estranho, imaginando inicialmente tratar-se de um cachorro, mas ao se aproximar viu que se tratava de uma criatura escura, peluda e com garras.
Assustado voltou correndo em direção a uma residência e gritou por socorro. “Eu saí correndo, gritando me socorre aqui na estrada, tem um bicho na estrada e é um lobisomem”.
O homem que acudiu Vilson, acreditando se tratar de algum animal solto na estrada, saiu com ele para esclarecer o fato, mas não encontrou nenhum jumento ou cavalo pela área.
Segundo Vilson, esta não é a primeira vez que ele esteve diante da fera. No ano passado, quando retornava do povoado do Cantinho-Serrinha para sua casa, caminhava só pela noite quando às 22:30h, próximo a uma baixada, uma criatura o atacou deixando marcas em seu corpo. “Na manga da minha camisa ficou a marca dos dentes dele, eu gritava muito, socorro, socorro, o bicho vai me matar; quando eu dei um grito muito alto ele, pulou a cerca e disparou desaparecendo pelo mato”.
Vilson guarda a camisa com marcas que, segundo ele, teriam sido provocadas pelos dentes do lobisomem durante a luta travada com a aberração.
Muita gente na região de Barrocas acredita no caso do Sr. Vilson, entre estes uma senhora de 73 anos, Dona Olga, que afirma já ter visto o Lobisomem. “Eu morei um tempo no Brejo, plantando mandioca, e fomos à casa da finada Marota, eu morava cá no Murici, e vimos uns pés de juremeira e tava aquele bicho sentado parecendo um cachorro, quando deu fé da gente se escondeu, mas eu, minha irmã, minha mãe, quando era viva e finada Dete vimos a assombração”.
Mesmo atualmente sendo raras as histórias de aparição do lobisomem, o caso repercutiu nos povoados, deixando algumas pessoas com medo. Logo surgiram diversos relatos de pessoas que já teriam visto a fera. Difícil é ter um familiar ou conhecido que não conte que já ter passado por uma aparição ou ter vivenciado um caso semelhante ao de Vilson.
Segundo conta a lenda o monstro têm preferência por bebês não batizados, chamados de pagãos, fazendo com que as famílias batizem suas crianças o mais rápido possível. Assim, o lobisomem não entra nas residências.
A professora aposentada Nilza, 60 anos, é cética e afirma que não acredita em boatos de lobisomem. “Não existe lobisomem, existe o folclore, as histórias, isso acontece quando tem mulher casada traindo o marido, ou mulher que se diz moça e o homem cria a história prá amedrontar as pessoas em sair à noite”, falou, dando boas risadas.
E você, conhece alguém que já esteve com um lobisomem?
Fotos/Informações: Nossa Voz