Desde 14 de junho de 1989, quando por força da Lei Estadual nº 5.000 foi criado o município de Itabela, com uma extensão territorial de 853km², de lá para cá, decorridos 27 anos, já se passaram sete prefeitos, treze presidentes de Câmara, a população cresceu atingindo hoje 30.852 habitantes pelos últimos dados do senso, com cerca de metade composta por homens e a outra metade por mulheres.
Entretanto, no momento atual, o sentimento que mais toca a comunidade é aquele da velha máxima de que “a gente era feliz e não sabia”, e a saudade de antigos tempos bate muito forte, deixando um misto de tristeza e lamento.
Mas sem jamais perder a esperança, a fé, a população itabelense há de encontrar os rumos que tanto deseja para este tão jovem município, e as ferramentas estão aí disponíveis, só bastando saber usá-las.
Lamentos não vão ajudar a encontrar esses caminhos. Cada cidadão e cada cidadã, uns mais, outros menos, conhece e tem plena consciência daquilo que precisa ser feito, e tem em suas mãos o poder para tomar a decisão que achar mais acertada, no momento oportuno.
E convenhamos, uma reviravolta completa se faz necessária diante do quadro caótico da administração pública, da situação de graves dificuldades em setores fundamentais como segurança, saúde, educação, área social, que trazem como consequência o estado lastimável de coisas que afligem e atingem em cheio a sociedade.
O momento poderia ser somente de alegria, de comemoração, de felicidade, pelo aniversário da jovem Itabela. Mas com a responsabilidade que todos temos, é hora de refletir, de se despojar do EU e pensar apenas em NÓS, de não adotar o imediatismo, mas planejar e respeitar as regras para ao menos os paliativos do agora, a solidez do daqui a pouco, do futuro da atual e das novas gerações.
Precisamos ter sabedoria, buscar os ensinamentos dos mestres e cultivar sempre os aprendizados com os mais humildes, refletindo com a escritora Cora Coralina: “O saber a gente aprende com os mestres e com os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes”.