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9ª FESTA DO CAFÉ CONILON

Excelentes negócios, um brilhante evento. Imprensa: privilégio para uns, desrespeito com a maioria.


Por: Clic101
Publicado em 05/08/2013 11:29

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“Esta é talvez na Bahia e no Brasil a melhor feira, voltada especialmente para o agronegócio, embora tenha faltado por parte das instituições financeiras a disponibilização de linhas especiais de financiamento durante o período da feira, para fomentar mais negócios, incentivar o produtor a adquirir novos e modernos equipamentos mostrados pelas diversas empresas participantes do evento”, foi o que declarou Urbano Pereira Correia, agropecuarista, ex-presidente do Sindicato Rural de Itamarajú e diretor da FAEB-Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, com toda sua vasta experiência na organização de grandes eventos agropecuários e incremento de negócios.

Durante todo o dia de sábado (03/08), o jornalismo do Clic101, enquanto transmitia ao vivo as palestras e debates, ouviu depoimentos de produtores, expositores, visitantes, todos externando positivamente e de modo geral a grandiosidade e robustez da estrutura, a qualidade das palestras, o alto nível dos palestrantes, técnicos e pesquisadores, e o número expressivo de empresas participantes.

Mas, de outro lado, também foram ouvidas observações que podem nortear a organização nos próximos eventos.

Relacionadas diretamente à feira: foi cobrada maior atenção e valorização do produtor; definição e critérios previamente estabelecidos para o tipo de estrutura a ser montada por cada expositor nos stands; som externo de verdadeiro trio elétrico em estabelecimentos comerciais da vizinhança, poluindo o ambiente e dificultando os expositores em receber visitantes e tratar de negócios; cervejaria patrocinadora do evento preterida em favor de outras marcas dentro do espaço da feira; não apresentação das empresas participantes no painel; dificuldade dos espectadores, principalmente aqueles sentados em cadeiras nas fileiras da frente, em visualizar as informações e gráficos exibidos no painel de led; pronunciamentos mais consistentes no encerramento do evento; autoridades representantes de entidades diretamente ligadas ao setor e patrocinadoras do evento, não convidadas para os pronunciamentos.

Com relação a outras situações, não ligadas diretamente ao espaço da feira, mas que atingem frontalmente como um todo o evento chamado Festa do Café Conilon, foram ouvidas reclamações de proprietários de barracas que ficaram impedidos de vender seus produtos porque à sua frente estavam fileiras de vendedores ambulantes com isopor, e não se achava o preposto do município responsável pelo controle para tomar providências.

Importantes eventos ocorreram paralelamente à festa, como a 2ª Trilha do Café com mais de 180 motociclistas de 20 localidades; a 3ª Copa Café de Mountain Bike com cerca de 60 ciclistas de municípios circunvizinhos e de Minas Gerais; concursos Musa Tribela e Garota Café. Foi ressaltada a importância da coordenação estar atenta a esses eventos, que necessitam mais apoio tanto na organização como na realização.

Imprensa “barrada” na porta dos camarins

Mas o ponto altamente negativo foi o tratamento privilegiado cuidadosamente dado a alguns veículos de comunicação, em detrimento da grande maioria dos profissionais de imprensa, como os comunicadores Fernando e Clerison Rocha da Rádio Pataxós FM e o repórter Welisvelton Cabral do Clic101, que foram literalmente impedidos de exercer livremente o direito de informar, “barrados” na porta dos camarins por ordem sabe-se lá de quem.

Entretanto, com muita antecedência, o setor de comunicação da prefeitura informou à imprensa os responsáveis por cada tarefa a ser cumprida durante a Festa do Café, e lá está expressamente marcado “Ademar Santana: (8124-0240) Toda a parte de divulgação...”.

Convém lembrar que todos os profissionais foram devidamente credenciados, dentro dos critérios estabelecidos pela Assessoria de Comunicação do Município, e, portanto, habilitados a circular livremente, buscar matérias jornalísticas para as redações dos seus veículos de comunicação, no objetivo de bem informar ao público.

A Festa do Café Conilon é um evento de importância vital para a economia, para a geração de postos de trabalho, de renda, com a conseqüente e decisiva contribuição para resolver os graves problemas sociais existentes, e para engrandecer a cidade e o município.

Talvez seja pedir demais a quem exerce a função de divulgar um evento tão grandioso, de se relacionar profissionalmente com a imprensa, cumulativamente com a direção de um veículo de comunicação visceralmente ligado ao município, que cumpra o seu papel com ética, com profissionalismo, sem fazer uso de informações privilegiadas, sem arbitrariedades, respeitando todos os veículos de comunicação, inclusive de outras localidades, que para aqui vieram com o objetivo de trabalhar, com independência, com seriedade, com responsabilidade.

O apresentador do programa jornalístico “Pauta Livre” na Rádio Pataxós FM, Fernando Rodrigues, costumeiramente sóbrio e ponderado na condução das informações, perdeu as estribeiras e deitou falação sobre esse lamentável episódio, que deve merecer por parte dos profissionais da imprensa e dos organismos da classe, o mais veemente repúdio.

Ainda bem que no "nosso camarote", como foi chamado pelo prefeito Júnior Dapé o espaço reservado a autoridades e convidados da prefeitura, todos foram muito bem vindos, a imprensa pôde circular livremente, sem constrangimentos, situação que deveria acontecer em qualquer ambiente da festa.

O Lula e a Dilma, "quando a coisa fica preta", costumam dizer "não sei, não vi, não ouvi".

Diante do anúncio feito de que o próximo evento será ainda mais grandioso, é bom o prefeito saber, ver, ouvir e "botar as barbas de molho" com o "fogo amigo".



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