Bancários de todo o Brasil entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (19/09). Por quase dois meses o Comando Nacional tentou resolver a campanha salarial na mesa de negociação com os bancos. Apresentou números que demonstram a possibilidade de atender as reivindicações da categoria por aumento real, PLR, mais contratações, melhores condições de trabalho e segurança.No entanto, após quatro rodadas, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu reajuste salarial de apenas 6,1%. As empresas ainda tiveram até esta quarta-feira (18/09) para retomar as conversações, mas preferiram o silêncio.
Sem alternativa, os trabalhadores se reuniram em assembleia na noite desta quarta-feira (18/09), no Ginásio de Esporte, Ladeira dos Aflitos, em Salvador, para organizar a paralisação.
“Novamente, o setor mais lucrativo da economia trata com descaso as nossas demandas”, ressalta o presidente do Sindicato da Bahia, Euclides Fagundes, lembrando alguns dados importantes. No primeiro semestre, as principais organizações financeiras tiveram lucro líquido de quase R$ 30 bilhões. Os números se repetem ano a ano.
O presidente reforça a crítica destacando a alta remuneração dos executivos. “No Itaú, por exemplo, um diretor ganha, em média, R$ 9,05 milhões por ano, o equivalente a 234,27 vezes o salário de um bancário. O Santander paga R$ 5,6 milhões e o Bradesco R$ 5 milhões”. Situação que se repete nos demais bancos.
A pauta de reivindicações da categoria inclui maior participação nos lucros e resultados, fim das metas, do assédio moral, investimentos em saúde e segurança, além de melhores condições de trabalho.
Também na assembleia, o presidente da CTB Nacional, Adilson Araújo, chamou a atenção para a necessidade de união e mobilização entre a categoria.
Original: Sindicato dos Bancários da Bahia