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PEGOU MAL

Segurança pública e implantação da Guarda Municipal foi tema de encontro em Itabela

Poder Executivo não comparece nem é representado e é alvo de críticas dos dirigentes

Por: CliC101 | Idalício Viana
Publicado em 10/11/2017 04:25

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Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira (10) no salão da Câmara Municipal de Itabela, encabeçada pelo vereador professor Renato, estiveram reunidos representantes do Poder Legislativo, Tenente Araújo da Polícia Militar, presidente do Sindguardas, representantes das Guardas Municipais de Feira de Santana, Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Eunápolis, advogado criminalista Jorge Neves, servidores municipais que pleiteiam a regularização da Guarda Municipal de Itabela e um público ávido por informações concretas sobre o tema segurança.

 

O presidente do Poder Legislativo, Alex Alves, logo manifestou posição de buscar regulamentação do setor, que ainda não existe, e falou da importância de cuidar do trânsito na cidade, monitoramento e disciplinamento de estacionamentos.

 

Pedro Oliveira, presidente do Sindguardas Bahia, falou da necessidade de planejamento e da dificuldade junto à gestão municipal, lembrando que o prefeito, convidado, não se fez presente nem enviou representante.

Soou estranho Oliveira ter dito que “guarda não é para pegar cafezinho nem fazer mandado do chefe”.

E finalizou sua fala dizendo: “Não adianta os guardas virem aqui (na reunião) se o prefeito não tem nenhuma vontade, não tem compromisso”.

 

Demonstrando preparo, conhecimento e determinação no cumprimento da sua missão, a presidente da Guarda Municipal de Feira de Santana, senhora Ângela Porto, começou sua fala convidando o senhor Idenildo, responsável pelos vigilantes de Itabela, para ocupar lugar na mesa diretiva; como lhe foi dito que ele havia saído para a prefeitura, disse em tom incisivo: “Devia estar aqui; saiu na hora errada; o lugar dele é do lado de cá” (dos colegas).

E prosseguindo, enfatizou que a Câmara tem que fazer audiência pública e não faz, que “tinha uma palavra a tratar com o prefeito, mas ele não veio nem mandou representante”; que chegou na véspera e circulou pela cidade: “Ouvi dizer que quer ser o melhor prefeito, mas como?”, disse.

Segundo Ângela Porto, o município não precisa necessariamente “meter a mão no bolso”, tem como conseguir projetos para captar recursos, e que ela está à disposição para contribuir no que for preciso.

 

Como sempre, com sensatez e objetividade, o Tenente Araújo, comandante da Polícia Militar de Itabela e Guaratinga, lembrou que segurança pública não é um problema exclusivo de Itabela, que no Brasil morre uma pessoa a cada 8 minutos, que segurança pública não é só patrulhamento e policiamento, que a base está na educação, na oportunidade de emprego, e qualquer pessoa que deseje contribuir com a segurança é sempre bem vinda.

 

Sobre a fala do advogado presente, disse o Tenente: “Até então, desconheço o índice apresentado como sendo Itabela a 9ª cidade mais violenta do país; o município de Itabela tem uma prerrogativa contida no direito administrativo de ajudar o Estado, através convênio firmado”.

 

Ressaltou a importância da função dos guardas municipais, mas ressalvou: “Há que se ter cuidado ao fazer segurança pública; passamos 9 meses como soldado, 3 anos como oficial, treinando, e veja a quantidade de problemas que surgem; não é dar ao homem uma arma, poder, farda, e achar que não vão acarretar outros problemas”.

 

Lembrou que o número de guardas municipais, 56, para o patrulhamento ostensivo, é muito maior que o de policiais, mas enfatizou: “Eu desafio a quem tiver um problema e ligar para o telefone 98118-4895 (Telefone da Viatura) 2h da manhã, que o policial está de plantão e vai atender o chamado; pode ligar para qualquer outro número que não vai lá.

 

Preparado para o cumprimento da sua missão, disse Araújo: “É preciso curso, preparação, para ser guarda municipal, para ter o poder de agir e a capacidade de responder; antes de formalizar, é preciso entender a responsabilidade imensa que vão assumir; o agente de segurança pública não tem hora para agir; sou completamente a favor do patrulhamento preventivo no centro e nos bairros com guarda municipal uniformizada, patronizada, com viaturas oficiais; naquilo que me tange, nos colocamos a disposição, não tenho posicionamento partidário ou políico na cidade de Itabela, meu posicionamento é a favor da segurança pública, a favor da sensação de segurança do cidadão itabelense”, finalizou.









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