O cigano Edson da Silva Cardoso, 63 anos, marido da cigana assassinada em Itabela no último dia 05/12, foi também assassinado a tiros às 8 da noite de sábado (7) em frente a rodoviária de Vitória/ES, onde tinha acabado de chegar de ônibus da Bahia.
O filho e um parente, que o acompanhavam no momento do assassinato, também foram baleados e se encontram hospitalizados.
Pai e filho teriam ido para Vitória por estarem transtornados com a morte da cigana no acampamento do bairro da Jaqueira, em Itabela, cujo motivo, segundo relato do filho de Edson, seria vingança do líder do acampamento de ciganos de Guaratinga.
Edson e o filho seguiam a pé para um ponto de ônibus quando, segundo testemunhas, dois encapuzados desceram de um carro e, ao se aproximarem dos dois, começaram a atirar.
Segundo os investigadores, Edson foi alvejado com nove perfurações, morrendo na hora. O filho, atingido por um tiro na barriga e dois na coxa, e o parente, que chegava ao ponto de ônibus para buscá-los e acabou baleado com seis tiros, foram socorridos para o Hospital São Lucas, em Vitória/ES. Os criminosos fugiram em seguida.
O caso vai ser investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra/ES, e a primeira linha de investigação aponta para a motivação de vingança
Ameaças já vinham acontecendo, diz filho
Antes dos assassinatos de Edson e da mulher dele, e do atentado contra o filho do casal, a família já estava sendo ameaçada pelo líder do acampamento de Guaratinga (BA).
A informação é do próprio filho do casal, que revelou para a polícia que o acusado queria se vingar porque culpa a família dele pelo acidente que culminou com a morte do seu irmão, conhecido como "Jegão", em acidente ocorrido na rodovia Itabela/Guaratinga.
Além da batida, outro motivo da rixa entre o líder do acampamento e a família de Edson seria a proibição das duas filhas dele, que moram no acampamento do líder, de falarem com o pai.
Informações: Gazeta OnLine
