O radialista e jornalista Jeolino Xavier Lopes, o “Jel Lopes”, 44 anos, diretor e editor do site Portal N3, foi abatido com 6 tiros por volta das 21h15 desta quinta-feira (27/02), no interior do seu veículo, um Volkswagen modelo Voyage, cor verde, plotado com a marca do seu portal, em frente ao prédio de nº 348 da Rua da Saudade, no bairro Bela Vista, numa região central de Teixeira de Freitas.
A sua namorada Daniele Ferreira dos Santos, 25 anos, acabou ferida na perna direita por um projétil de arma de fogo.
O jornalista teria ido ao local visitar o colega Djalma Ferreira, 60 anos, que é repórter esportivo da Rádio Sucesso FM e está recém operado de hérnia e após a visita o jornalista e sua namorada resolveram ir à rua vizinha comer uns petiscos numa barraca tradicional de espetinhos.
Após o lanche, o jornalista Jel Loes retornou ao prédio para deixar o repórter e tão logo o colega desceu e partiu para abrir o portão, um carro, possivelmente modelo Toyota Corola, cor cinza ou branca, emparelhou ao seu veículo e um homem da porta dos fundos desceu e disparou vários tiros contra o jornalista que estava ao volante do seu carro.
O repórter esportivo Djalma Ferreira ainda não tinha conseguido abrir o portão quando os tiros aconteceram, mas ele preferiu não olhar para trás e adentrou no seu prédio e bateu o portão. Só quando ouviu os gritos de socorro da namorada do jornalista, ele saiu para verificar o que tinha ocorrido. A namorada do jornalista estava no banco de trás, porque teria oferecido o banco do carona para o repórter esportivo que está recém operado.
A moça conta que não conseguiu enxergar absolutamente nada, porque foi tudo muito rápido e aconteceram os tiros no momento que ela se preparava para descer da porta traseira para ocupar o banco da frente e a única coisa que conseguiu observar, foi um carro claro fugindo em direção ao mesmo sentido do carro da vítima.
No local os peritos Manoel Garrido e Everton dos Anjos recolheram no chão três cápsulas calibre 9mm e um projétil. Outro projétil foi localizado na caixa de ar do painel do carro da vítima. Segundo o perito criminal Manoel Garrido, o jornalista Jel Lopes foi assassinado com 6 perfurações, duas que lhe atingiram a parte baixa da cabeça e 4 na região do tórax, todos com orifícios de entrada pelo lado esquerdo.
Durante os exames de medicina legal no Instituto Médico Legal de Teixeira de Freitas, a equipe da médica legista Cesarina Siqueira, constatou que quatro dos 6 tiros que atingiram o jornalista, tiveram seus projéteis transfixados, inclusive os dois que lhe atingiram a parte baixa da cabeça que quebraram sua mandíbula. E dois projéteis foram extraídos durante a necropsia alojados no coração do jornalista. Pela dinâmica do local do crime, o perito criminal Manoel Garrido, acredita que o projétil que atingiu e se alojou na perna direita da namorada do jornalista, seja um dos que transfixaram do corpo da vítima.
Corpo de Jel Lopes será cremado para atender um desejo do Jornalista
O caso do jornalista e radialista Jel Lopes, assassinado com 6 tiros na noite desta quinta-feira (27/02), no bairro Bela Vista em Teixeira de Freitas, por 4 homens que fugiram em um carro na cor clara, segue sendo investigado pela Polícia Civil e com a participação da Polícia Militar e da CAEMA, objetivando se chegar a um esclarecimento.
O corpo do jornalista foi liberado dos exames de medicina legal, por volta da 01h da madrugada desta sexta-feira (28), e a família vela o corpo no distrito de Santo Antônio, onde nasceu, se criou e residia até os dias atuais, e depois velado em Teixeira de Freitas.
O filho da vítima, Joris Xavier Bento, que também é jornalista por formação, disse na madrugada desta sexta-feira (28), que o corpo do seu pai, após receber todas as honras merecidas, será encaminhando para o crematório, atendendo um desejo dele que pediu em vida, que queria ser cremado quando morresse e as cinzas fossem a metade jogada no jardim do distrito de Santo Antônio e a outra metade no mar.
A cremação deve acontecer em Teófilo-Otoni-MG., e depois as cinzas serão entregues aos familiares.
Por Athylla Borborema/Ronildo Brito