A Suprema Corte espanhola abriu em junho uma investigação sobre envolvimento de Juan Carlos em um contrato ferroviário de alta velocidade na Arábia Saudita, após o jornal suíço La Tribune de Geneve informar que ele havia recebido 100 milhões de dólares do rei saudita, segundo a Agência Brasil.
Através de seu advogado, Juan Carlos, de 82 anos, se recusou a comentar as alegações. "Guiado pelo meu desejo de fazer o melhor para servir ao povo espanhol, suas instituições e a você como rei, estou lhe informando da minha ... decisão de deixar a Espanha neste momento", afirmou o palácio ao citar a carta de Juan Carlos para o rei.
O rei Felipe agradeceu a Juan Carlos pela decisão, ressaltando "a importância histórica que o reinado de seu pai representa" para a democracia na Espanha. Ele também reafirmou "os princípios e valores nos quais se baseia a democracia de acordo com nossa Constituição e estrutura legal".
Os monarcas espanhóis têm imunidade durante o reinado, mas Juan Carlos abdicou em 2014, deixando-se potencialmente vulnerável a acusações. O rei Felipe pôs fim a uma pensão do palácio ao pai e renunciou à própria herança em março, após alegações sobre contas secretas no exterior.