A rebelião ocorrida nesta manhã no Conjunto Penal de Eunápolis, segundo o diretor Gilson Paixão Silva Santos, começou por volta das 9 da manhã e teria sido motivada pelo desagrado de internos diante da revista; eles não queriam se submeter à revista, que faz parte de um processo periódico de manutenção da ordem e da segurança das unidades, e que objetivava verificar a existência de algumas coisas ilegais dentro das celas.
Internos que estavam no pátio da unidade aguardando o fim da revista, teriam agredido os agentes e policiais militares que davam apoio ao procedimento, arremessando pedras e outros artefatos na equipe, sendo necessário o policial militar fazer um disparo de arma de fogo, em virtude do grande número de internos, cerca de 150 a 160, que estavam soltos. A partir daí os detentos começaram a rebelião, depredando toda a unidade prisional, e dentro dessa crise de vandalismo, mataram friamente seis internos da unidade, disse o diretor do presídio.
Segundo Gilson Paixão, houve uma reunião com o Juiz da Vara de Execuções Penais, Dr. Otaviano Andrade, a Juiza da 2ª Vara Criminal, Drª Michele Quadros, o Promotor da Execução Penal, Dr. Rafael, ficando decidido que o policiamento entraria no pátio para salvar vidas, já que tinham muitos internos correndo risco de morrer, falou o diretor, que completou dizendo: “Todos os internos que morreram tinham rivais dentro da unidade, eles estavam no seguro, o seguro foi arrombado na rebelião e muitos deles foram pegos”.
Sobre possíveis erros cometidos pelos agentes penitenciários, o diretor disse que, em princípio, não houveram erros, mas que toda a situação será avaliada para que sejam adotadas providências futuras.
Até o fechamento da matéria, ainda não tinham sido liberados os nomes dos mortos e demais feridos, além dos dois presos que foram atendidos pelo SAMU, identificados por Wagno Santos Porto, 32 anos e Udson Nascimento Jesus, 31.