Embora tenham caído em desuso com o passar dos anos, as mensagens de texto ainda são usadas por empresas para enviar ofertas e avisos. Porém, pessoas mal intencionadas se aproveitam dos SMS para coletar dados essenciais, como o número de CPF. Este é o smishing, junção de SMS com phishing, golpe já conhecido do público por colocar 'iscas' em e-mails e mensagens de WhatsApp que levam o consumidor a tomar decisões impensadas, como pagar boletos falsos ou fazer transações para empresas que não existem.
A especialista da Serasa Experian Camila Cruz explica que a atuação desses golpistas acontece durante a rotina do dia-a-dia e qualquer pessoa, independentemente da idade, pode ser vítima desse golpe, que foca mais na obtenção dos dados sensíveis do que na transação em si. "O brasileiro recebe uma mensagem, que contém um link que pode ser de um banco ou uma loja, dizendo que tem crédito aprovado ou que precisa de alteração na senha. Assim, ele passa informações como CPF, data de nascimento e endereço de e-mail. Esses dados são fundamentais e devemos cuidar deles com muito carinho".
Camila ressalta que assim como acontece no phishing, essa modalidade apela para a emoção do consumidor, que é seduzido por promessas de bons descontos, crédito fácil ou possibilidade de ganhar dinheiro sem sair de casa. "Os argumentos usados nas mensagens são diversos e muito criativos. Você se empolga e acaba clicando nesse link, perdendo o controle da informação". No caso da falsa vaga de emprego, a situação fica ainda mais delicada, pois o contexto econômico deixa as pessoas vulneráveis a acreditar em meios de mudar a situação. "Quando você ver qualquer vaga pedindo algum tipo de pagamento, desconfie".
