A Prefeitura de Ilhéus, além de residências e estabelecimentos comerciais de servidores públicos da cidade, foram alvos de uma operação da Polícia Federal. Batizada de "Trapaça", a ação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, 7, e cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Os nomes dos alvos não foram revelados.
Conforme a PF, a Operação Trapaça faz parte da segunda fase da Operação Nefanda, deflagrada em 2021, e combate o crime de desvio de recursos públicos federais utilizados no enfrentamento da pandemia de Covid-19.
As investigações apontaram que o município de Ilhéus, mediante dispensa de licitação, contratou um haras para gerir o abrigo de campanha destinado ao acolhimento de pacientes infectados com Covid-19. A empresa não tem capacidade técnica e operacional para a função.
Segundo as apurações, a empresa recebeu, à época, mais de R$ 1.200.000,00,00 (um milhão e duzentos mil reais) para administrar o abrigo. O contrato foi analisado pela Controladoria Geral da União (CGU) que constatou superfaturamento de mais de 82% dos valores pagos.
Os investigados responderão pelos crimes de Fraude à licitação, Estelionato (art. 171 do Código Penal); Corrupção passiva (art. 317 do Código Penal), Falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) e Associação Criminosa (art. 288 do Código Penal).
Ao todo, 31 policiais federais em Ilhéus, Distrito de Olivença e Itabuna participam da ação que cumpre mandados expedidos pela Justiça Federal de Ilhéus.