O advogado Aristides Junqueira, que defende o governador do Acre, Tião Viana (PT), investigado na Operação Lava Jato, acaba de ser indicado para ocupar uma vaga como ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O assunto acabou em bate-boca quando o ministro Marco Aurélio Mello questionou a possibilidade de um advogado de investigado na Lava Jato ser nomeado ministro do TSE.
A ministra Cármen Lúcia também expôs que a existência de um advogado que atue em nome de investigado durante a tarde e, durante a noite, divida a bancada como ministro, pode gerar questionamentos. “É que estamos diante um momento no Brasil em que uma operação (Lava Jato) que causa comoção nacional vai ter um advogado que às vezes pode subir à tribuna do STF e alguns dos juízes lá vão sair na mesma hora e na sequência os dois estariam lado a lado numa bancada julgando”.
De outra parte, o ministro Gilmar Mendes afirma: “Eu nunca tinha visto nenhum questionamento a propósito desse tipo de temática. Os advogados que aqui atuam são reconhecidos”.