Organização criminosa que agia dentro da Prefeitura de Medeiros Neto, no extremo sul da Bahia, está sendo alvo da Operação Hera do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.
Segundo as investigações, agentes públicos do município são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, peculato, emprego irregular de rendas ou verbas públicas e corrupção passiva.
De acordo com o MPF, os seis investigados teriam desviado recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em proveito próprio.
O esquema criminoso era executado com a inserção de dados falsos, como acréscimos salariais e gratificações ilegais, nos contracheques de servidores públicos municipais, escolhidos aleatoriamente. Após a compensação dos valores, estes servidores eram obrigados a devolver os acréscimos ilegalmente recebidos à Secretaria Municipal de Educação.
A operação resultou em duas prisões preventivas e na decretação de indisponibilidade de bens de todos os envolvidos, dentre outras medidas cautelares penais.
Até pronunciamento final do Poder Judiciário, prevalece em favor dos acusados a presunção de inocência, nos termos da Constituição. Em função disso, os nomes dos réus foram preservados.