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Ontem, deputada dedicou seu voto ao marido, prefeito de Montes Claros, e o combate à corrupção; Hoje o marido foi preso pela Polícia Federal


Por: Luiz Ribeiro / EM.COM.BR
Publicado em 18/04/2016 12:51

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A deputada federal mineira Raquel Muniz (PSD), durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff neste domingo (17), declarou alto e bom som da tribuna da Câmara em Brasília o seu voto SIM, tendo dedicado o voto ao seu marido e prefeito de Montes Claros. “Meu voto é pra dizer que o Brasil tem jeito. E o prefeito de Montes Claros mostra isso pra todos nós com a sua gestão”. E seguiu dedicando também aos filhos, neta, mãe, sua cidade, o Estado, o Brasil.

Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira na Prefeitura de Montes Claros (foto: Mauro Miranda filho)

Hoje, o prefeito Ruy Adriano Borges Muniz e a secretária de saúde, Ana Paula Nascimento, foram presos durante a operação “Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde” deflagrada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal.

A operação consiste no cumprimento simultâneo de oito mandados judiciais: quatro de busca e apreensão (residência dos acusados, prefeitura e secretaria de saúde), dois de busca pessoal, a fim de apreender celulares e smartphones (prefeito e secretária de saúde), além de dois mandados de prisão preventiva (prefeito e secretária de saúde), expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

Fachada da casa onde mora, em Montes Claros, o prefeito Ruy Muniz (foto: Mauro Miranda filho)

Segundo a Polícia Federal, "as investigações demonstraram que os acusados, direta e indiretamente, valendo-se de meios fraudulentos, intentaram destruir e/ou inviabilizar a existência e o funcionamento dos hospitais públicos (Hospital Universitário Clemente Faria) e filantrópicos (Santa Casa de Misericórdia, Fundação Aroldo Tourinho e Fundação Dilson Godinho) de Montes Claros/MG, que atendem pelo SUS uma população de aproximadamente 1.600.000 pessoas, distribuídas nos 86 municípios situados no Norte de Minas Gerais. Em outubro de 2015, os presos promoveram a retirada de cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames dos hospitais, deixando de prestar os correspondentes serviços pela rede municipal, causando graves prejuízos à população de quem os serviços foram suprimidos".


Com isso, os acusados pretendiam favorecer o hospital privado (não filantrópico) Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira (ou Âmbar Saúde), pertencente ao prefeito municipal e seus parentes.








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