Definida como crime pelo Estatuto do Desarmamento, a venda de arma de fogo, acessório ou munição sem autorização ou em desacordo com determinação legal, esse tipo de comércio paralelo é feito na rede social Facebook sem controle por parte dos organismos responsáveis.
Conforme reportagem do Estadão, a Polícia Federal, a Polícia Civil de São Paulo e o Exército brasileiro se eximiram de responsabilidade pela investigação do comércio de armas de fogo em perfis, páginas e pelo menos dez grupos fechados ou secretos no Facebook, a maioria criada há cerca de dois anos, onde são anunciadas vendas de revólver, fuzil, cano, silenciador, máquina de recarga e até um kit importado que transforma uma pistola em submetralhadora de uso restrito das forças militares. O Exército apontou genericamente para "órgãos de segurança pública", a PF disse que o assunto deveria ser tratado com a Civil, que respondeu que o monitoramento cabe aos agentes federais.
Enquanto a situação, segundo especialistas, demonstra a falta de integração para combater crimes nessa área, e nos Estados Unidos o governo está preocupado e pensando em rever a sua legislação sobre venda de armamentos, diante de tantos casos graves ocorridos, por aqui os anúncios continuam e até propõem tirar a posse ou o porte de arma na Polícia Federal (PF) ou no Exército “sem burocracia”, exibem fotos dos equipamentos com os respectivos preços e especificações do produto, e pedem para que os interessados na compra façam contato “inbox” (reservadamente), por e-mail ou WhatsApp, cujos dados são também divulgados na página.